segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Degustação

Olá, pessoal, como vão essa noite? (sim, noite e não me interessa se está lendo isso durante o dia, para mim é noite e ponto final!), hoje (21/10/13) estava muito entediado, minha aula fora um tédio, estava (está) muito calor e eu odeio calor, aquela sensação de gosto ruim na boca e eu não queria ficar em casa, então pude me dar ao luxo de sair um pouco, para matar o tédio.
 Fui até o Shopping Metrô Tatuapé, queria assistir a um filme de terror que tanto estão falando que se chama: "A Invocação do Mal", mas não é disso que eu vim falar aqui (ainda), o que interessa de verdade é que eu não consigo, simplesmente não consigo, passar em um shopping e não entrar em uma livraria (os shoppings que não tem livraria eu simplesmente não frequento), mas o que afinal teve de especial hoje? vocês me perguntam... É que por acaso eu estava falando para minha prima hoje mesmo sobre o novo livro que a deusa criadora do universo de Harry Potter, J. K. Rowling, está para lançar aqui no Brasil, usando como pseudônimo o nome Robert Galbraith, e lá havia vários exemplares do prólogo deste novo livro para degustação e eu simplesmente enlouqueci, eu sei que é só o prólogo, mas eu estou simplesmente doido para ler esse livro, J. K. Rowling escreve super bem e para a alegria de vocês e acho que também da minha, deixarei o pequeno prólogo que li hoje diversas vezes para vossa degustação, aproveitem:
O Chamado do Cuco
Robert Galbraith
Prólogo
O rumor na rua parecia o zumbido de moscas. Fotógrafos se agrupavam em massa atrás de barreiras patrulhadas pela polícia, suas câmeras pontudas aprumadas, o hálito elevando-se como vapor. A neve caía sem parar nos chapéus e nos ombros; dedos enluvados limpavam lentes. Ocasionalmente irrompiam surtos de cliques erráticos, conforme os espectadores preenchiam o tempo de espera batendo instantâneos da tenda de lona branca no meio da rua, da entrada do alto edifício de tijolos aparentes atrás e da sacada no último andar de onde o corpo caíra.
 Atrás dos paparazzi espremidos, alinhavam-se furgões brancos com enormes antenas de satélite no teto e jornalistas falando, alguns em línguas estrangeiras, enquanto operadores de som com seus fones de ouvido pairavam ao redor. Entre as gravações, os repórteres batiam os pés e esquentavam as mãos em copos de café quente da cafeteira movimentada a algumas ruas dali. Para preencher o tempo, os cinegrafistas de gorro de lã filmavam as costas dos fotógrafos, a sacada, a tenda que escondia o corpo, depois se reposicionavam para panorâmicas que englobavam o caos que explodia na sossegada e nevada rua de Mayfair, com suas filas de portas pretas e lustrosas emolduradas por pórticos de pedra branca e flanqueadas por arbustos de topiaria. A entrada do número 18 estava isolada com fita. Policiais, alguns peritos em trajes brancos, podiam ser vislumbrados no saguão além do isolamento.
 As emissoras de televisão já transmitiam a notícia havia horas. Populares se agrupavam em cada extremidade da rua, mantidos ao largo por outros policiais; alguns vieram, propositalmente, para olhar, outros pararam a caminho do trabalho. Muitos erguiam celulares para tirar fotos antes de seguir adiante. Um jovem, sem saber qual era a sacada em questão, fotografou cada uma delas seguidamente, embora a do meio estivesse tomada por uma fila de arbustos bem podados, três globos folhosos elegantes, que mal abriram espaço para um ser humano.
 Um grupo de jovens trouxera flores e foi filmado entregando-as a policiais, que ainda não haviam decidido onde coloca-las e as dispuseram, constrangidos, na traseira do furgão da polícia, cientes de que as lentes das câmeras acompanhavam cada um de seus movimentos.
 Os correspondentes enviados por canais de notícias 24 horas mantinham um fluxo constante de comentários e especulações em torno dos poucos fatos sensacionais de que já tinham conhecimento.
"... de sua cobertura, por volta das duas da madrugada. A polícia foi avisada pelo segurança do prédio..."
"... ainda nenhum sinal de retirada do corpo, o que levou alguns a especularem..."
"... não se sabe se ela estava sozinha quando caiu..."
"... equipes entraram no prédio e realizarão uma busca completa."
^_~
Bom, pessoal, esse ainda não é o fim do prólogo e o livro original é enorme, essa foi apenas uma degustaçãozinha mesmo e espero que possa ter despertado grande imaginação e possibilidades para vocês, quando comprar o livro e concluir minha leitura eu lhes darei uma nova resenha.
Até a próxima!

Eu e o livrinho do prólogo.

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