terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Profano sagrado

Do Medo e Excitação - Poema de Igor Maion

O que é maldade?
Questão de ponto de vista.
O que é bondade?
Palavrinha irônica para nos converter
Em animais seguidores de regras e ordens.

Certo ou errado?
Isso depende.
É o medo que corre nas veias
Que desenvolve nossas mentes
E evolui... êxtase! 

O sangue corre, endorfina.
Escorre o suor, medo!
Medo líquido,
Saboreio...

Prazer, luxúria, pecado.
Sexo! Essencial...
Medo, dor...
Punição!

Trague o corpo e expire a mente,
Não pense, não repense.
Deixe-se levar esta noite.
Uma noite de medo e
Excitação.

Morpheus apaixonado

Pois é pessoal, até mesmo os vampiros ficam mal, mas NÃO! Eu não sou um simples imortal, me veem com admiração, sou o mestre da escuridão e da ilusão, nunca demonstro fraqueza, mesmo que ela me envolva. Estou forte, sou forte, mas até mesmo o mais poderoso e malicioso dos espíritos negros do Paralelo Noturno necessita de companhia e até mesmo... carinho.
Fiquei mal meus caros, mas me recupero a cada segundo, a natureza me alimenta e me levanta, assim como as boas energias que emanamos: fé, alegria, apoio e... amor daqueles que mais amo ^_~  

"Sinto-te em meus braços. 
Estou emanando amor.
Dorme amada criança,
Revigora-te em teu berço.
Aqui também adormeço,
Envolto nos braços teus.
Iremos nos encontrar
Na tenda de Morpheus."
                             (Kizzy Ysatis)


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Violência gratuita.

Ahhh mas é uma merda mesmo heim...
Fui buscar minha irmã na escola hoje a tarde e por acaso um garotinho notou minhas unhas pintadas e disse à mãe que estava com uma cara de mal comida:
"Olha, mãe! Olha, mãe! Posso fazer igual?"
A mãe lhe lança um olhar nefasto e dá-lhe um bruto tapa no rosto, na frente de todos os presentes da rua e grita enquanto o menino chora sem saber o real motivo de tal violência:
"Viro viado, menino? Deixa só seu pai saber disso, cê vai entrar no coro. Onde já se viu! Imitar vagabundo de cemitério"...
Nem sei mais o que dizer...
Me perguntam por quê ando sempre de preto. Isso representa meu luto por uma sociedade ignorante e preconceituosa que não é capaz de respeitar o direito de expressão.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Chanson de sang

Pierrot sem Lágrima - poema de Igor Maion

Amor!
Paixão!
Dor!
Ilusão.
Venha, vamos brincar, venha
Quero te mostrar, um mundo
Onde nada mais é como era 
Antes..
Morte!
Medo!
Angústia.
Lágrimas.
Tristeza...
Maldade!
Pecado...
Sangue....

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Saudades

Cântico a Nostalgia - poema de Igor Maion

Pelo amor e pela glória,
Nas espumas da vitória
De um mar que agora chora,
Sua ausência a me tocar.

No coração de um sonhador,
Vinha você no esplendor
Nas palavras e no amor,
A comigo se deitar.

Na tinta e pena, dor,
Na angústia do sofredor
De um poeta embriagado,
Rimando sem ter cuidado.

Lindo anjo a contemplar,
O sol nascente em seu olhar,
O infinito em seu lugar,
Na morte certo a te encontrar.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Retorno das Bruxas

"Acredite e não tenha medo
Faça o seu que a magia acontece
Enxergue primeiro que depois aparece."
Olá a todos, como estão neste novo mês? Surge agora o retorno às aulas e a tão conhecida correria da vida de universitário, então para não ficarem reprovados: ESTUDEM!!! Mas eu não posso dizer que não estou gostando, senti falta dos trabalhos e projetos, aquela adrenalina para conseguir uma boa nota e claro, acima de tudo, senti falta dos tão estimados amigos e colegas que tornam tudo isso mais divertido. Só o que me aborrece hoje é esse calor escaldante que não sei de onde surgiu e parece que não vai sumir tão cedo, sério! Tá tão quente que até mesmo os demônios estão passando protetor solar para subirem à São Paulo (o que aconteceu com "A cidade da garoa"?), estava bom quando eu estava na praia, mas agora? Poxa Hélio*, precisa de tanta alegria? Enfim, vamos dar continuidade.
Capa do livro
Confesso que passei muito tempo maquinando essa resenha, ou melhor: crônica que finge ser resenha (como diria Kizzy Ysatis), eu não sabia como pôr em palavras a minha opinião sobre algo tão complexo como é a narrativa de Diário da Sibila Rubra, a tão aclamada continuação do belíssimo romance O Clube dos Imortais (http://igormaion.blogspot.com.br/2013/08/seguindo-tradicao-gotica-de-anne-rice.html), visitei outros sites e blogs, li outras resenhas belíssimas sobre este e me senti um tanto intimidado, os outros conseguiram unir palavras com maestria e fazem jus a grandeza do romance e comecei a pensar seriamente em desistir de escrever sobre este, mas eu não me dei por vencido, por que me inferiorizar? Se eles conseguem eu também ei de conseguir. Parei, respirei, criei forças e pus-me a pensar mais e mais, eu confio no meu taco, sei que o que quer que seja que venha a seguir agradará. É isso que acredito e o que espero. Que assim seja e assim se faça! 
Demorei muito para conseguir ler esse livro, por mais que eu quisesse, não conseguia comprá-lo, antes mesmo de conseguir ler O Clube dos Imortais eu já o tinha procurado em diversas livrarias e todas me diziam a mesma coisa: ESGOTADO!
- Mas quando virá mais? - eu perguntava.
- Ah, rapaz, não tenho esta informação - os vendedores me respondiam.
Ou então:
- Este livro vende muito, acaba rápido, mas acredito que logo voltará às prateleiras.
- Está bem.
E mais uma vez eu saia da livraria de mãos vazias, para voltar outro dia e mais outro e mais outro e mais outro, em busca desse livro, tendo sempre os mesmos diálogos com os vendedores e me aborrecendo. Mas foi então que acabei desistindo de comprá-lo e consegui O Clube dos Imortais, que eu tanto adorei e devorei-o diversas vezes, mas então vem aquela sensação de vácuo, de "quero mais" e novamente eu estava em busca do Diário da Sibila Rubra, sem sucesso.
Mas o tempo e o universo testemunhou meu sofrimento e enfim resolveu me recompensar. "Você provou o tamanho de seu desejo, então deixarei que leia" sussurrou a Deusa ao meu ouvido e foi quando fui agraciado pelo próprio autor, meu mais do que amado companheiro, com um exemplar antigo deste romance que era o último que estava em sua posse, aceitei o empréstimo com muito entusiasmo e finalmente ele estava ali, em minhas mãos, cada palavra... tudo! Apenas esperando para ser lido e foi o que fiz sem demora.
Kizzy no lançamento deste livro
Diário da Sibila Rubra traz de volta alguns personagens que já conhecemos em O Clube dos Imortais e também nos apresenta novos, tão belos e expressivos quanto, em uma viagem mágica através do tempo para vivenciarmos os acontecimentos que marcaram a vida de Elaine de Voltarie, no início do século XX, na bruxólica ilha de Santa Catarina.
Apolo e Jacinto,
lenda grega contada no decorrer do romance.
De início somos apresentados a Alessandra, uma senhora de cabelos rubros que nos tempos atuais recebe a visita de um pássaro negro que penetra a janela da mansão das Sibilas e no alto da escada toma a forma do ser majestoso que tanto amamos odiar: o Vampiro Luar! Que continua em sua jornada obsessiva em busca do poeta Álvares de Azevedo e agora ele veio conquistar algo que acredita que poderá ajudá-lo. Para sua surpresa Alessandra não recusa a entregar-lhe o objeto, o diário de Elaine, e ele se frustra ao notar que não consegue ler uma palavra lá gravada. Ela não é burra, sabe a fama que ele tem e sabe que não desistirá até conseguir saber o conteúdo do diário, então resolve acabar com isso de uma vez, tendo enfim nosso cenário: os dois personagens acomodados, cada um em sua poltrona em uma noite de tempestade e ela começa a ler. É ai que começa a história. Sob a narrativa de Elaine, voltamos no tempo, em uma cidadezinha do interior onde não existe palavras como fantástico, sobrenatural ou fantasia e apesar das inúmeras criaturas do paralelo noturno andarem livremente, aquela é a ilha das bruxas, estas são os seres dominantes, as senhoras da magia, pois como disse Viviam, a matriarca das sibilas rubras: "Todo ser encantado pode ser pela bruxa controlado".
É uma história de amor, lealdade, amizade, magia, poder e responsabilidade, que toma rumos inesperados a cada virar de páginas, é um livro que mexeu com meu intelecto, é um daqueles raros que você tem vontade de beijar e rasgar ao mesmo tempo. Nunca vou esquecer esta história e o poder de cada palavra lá contada. Realmente é impossível descrever a grandeza deste romance, mas saiba apenas: É um dos melhores que já li em toda a minha vida! Recomendo mil vezes! Valeu muito a pena ter esperado tanto para lê-lo. Mas vamos dar minhas rosas:

ROSAS PARA O DIÁRIO DA SIBILA RUBRA: 10 rosas vermelhas, com toda a certeza, 11, 12, 13, infinitas rosas vermelhas!! Kizzy, meu querido, seu talento é insuperável!
Trecho de outro romance com as sibilas rubras (A Tríade)

Até a próxima!
*Hélio: deus grego do sol.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Quatro estações

Inverno - poema de Igor Maion

Insano, mas justo.
Nunca lhe vi assim
Seus gritos,
Seus gestos...

Sempre protegendo
Sempre nos defendendo,
Porém, assusta
Assusta a quem vê
O inverno se desenvolvendo.


Nunca levantou-me a mão
Sempre me deu carinho

Seu sorriso é a minha alegria,
Minhas lágrimas seu tormento.

Vi como ages,
Vi como reage.
Sua voz de trovão a estourar
Sua fúria...

Mas como dizer que tudo é perfeito?
Nada é perfeito
Passamos pelas quatro estações
E continuo a te amar.

Isso é um pecado?
Não me importo!


Uma gota de sangue rola,
Para sempre juntos
Juntos! Nesse amor...