terça-feira, 30 de abril de 2013

Espíritos, força ou paranóia?

Oi pessoal, hum, pensei em publicar aqui hoje algo fora do comum, bem, porque normalmente eu não cito ou critico contos (na verdade nem darei rosas, só estou comentando aqui), mas ontem, em minha aula de faculdade, meu professor nos fez ler um conto assombroso e confuso que eu não conhecia, e quando fui fazer minha análise, notei que minha teoria era completamente diferente da dos meus colegas e descobri nesse conto algo fantástico, a capacidade de fazer as pessoas pensarem, e por isso eu o trago aqui, copiado e colado de outro blog da internet, acho que não tem direitos autorais, estava público, mas enfim, ai está o conto e com a pergunta que não quer calar: "O que realmente tomou a casa?"

A casa tomada
Julio Cortázar

 Gostávamos da casa porque, além de ser espaçosa e antiga (as casas antigas de hoje sucumbem às mais vantajosas liquidações dos seus materiais), guardava as lembranças de nossos bisavós, do avô paterno, de nossos pais e de toda a nossa infância.

Acostumamo-nos Irene e eu a persistir sozinhos nela, o que era uma loucura, pois nessa casa poderiam viver oito pessoas sem se estorvarem. Fazíamos a limpeza pela manhã, levantando-nos às sete horas, e, por volta das onze horas, eu deixava para Irene os últimos quartos para repassar e ia para a cozinha. O almoço era ao meio-dia, sempre pontualmente; já que nada ficava por fazer, a não ser alguns pratos sujos. Gostávamos de almoçar pensando na casa profunda e silenciosa e em como conseguíamos mantê-la limpa. Às vezes chegávamos a pensar que fora ela a que não nos deixou casar. Irene dispensou dois pretendentes sem motivos maiores, eu perdi Maria Esther pouco antes do nosso noivado. Entramos na casa dos quarenta anos com a inexpressada idéia de que o nosso simples e silencioso casamento de irmãos era uma necessária clausura da genealogia assentada por nossos bisavós na nossa casa. Ali morreríamos algum dia, preguiçosos e toscos primos ficariam com a casa e a mandariam derrubar para enriquecer com o terreno e os tijolos; ou melhor, nós mesmos a derrubaríamos com toda justiça, antes que fosse tarde demais.

Irene era uma jovem nascida para não incomodar ninguém. Fora sua atividade matinal, ela passava o resto do dia tricotando no sofá do seu quarto. Não sei por que tricotava tanto, eu penso que as mulheres tricotam quando consideram que essa tarefa é um pretexto para não fazerem nada. Irene não era assim, tricotava coisas sempre necessárias, casacos para o inverno, meias para mim, xales e coletes para ela. Às vezes tricotava um colete e depois o desfazia num instante porque alguma coisa lhe desagradava; era engraçado ver na cestinha aquele monte de lã encrespada resistindo a perder sua forma anterior. Aos sábados eu ia ao centro para comprar lã; Irene confiava no meu bom gosto, sentia prazer com as cores e jamais tive que devolver as madeixas. Eu aproveitava essas saídas para dar uma volta pelas livrarias e perguntar em vão se havia novidades de literatura francesa. Desde 1939 não chegava nada valioso na Argentina. Mas é da casa que me interessa falar, da casa e de Irene, porque eu não tenho nenhuma importância. Pergunto-me o que teria feito Irene sem o tricô. A gente pode reler um livro, mas quando um casaco está terminado não se pode repetir sem escândalo. Certo dia encontrei numa gaveta da cômoda xales brancos, verdes, lilases, cobertos de naftalina, empilhados como num armarinho; não tive coragem de lhe perguntar o que pensava fazer com eles. Não precisávamos ganhar a vida, todos os meses chegava dinheiro dos campos que ia sempre aumentando. Mas era só o tricô que distraía Irene, ela mostrava uma destreza maravilhosa e eu passava horas olhando suas mãos como puas prateadas, agulhas indo e vindo, e uma ou duas cestinhas no chão onde se agitavam constantemente os novelos. Era muito bonito.

Como não me lembrar da distribuição da casa! A sala de jantar, lima sala com gobelins, a biblioteca e três quartos grandes ficavam na parte mais afastada, a que dá para a rua Rodríguez Pena. Somente um corredor com sua maciça porta de mogno isolava essa parte da ala dianteira onde havia um banheiro, a cozinha, nossos quartos e o salão central, com o qual se comunicavam os quartos e o corredor. Entrava-se na casa por um corredor de azulejos de Maiorca, e a porta cancela ficava na entrada do salão. De forma que as pessoas entravam pelo corredor, abriam a cancela e passavam para o salão; havia aos lados as portas dos nossos quartos, e na frente o corredor que levava para a parte mais afastada; avançando pelo corredor atravessava-se a porta de mogno e um pouco mais além começava o outro lado da casa, também se podia girar à esquerda justamente antes da porta e seguir pelo corredor mais estreito que levava para a cozinha e para o banheiro. Quando a porta estava aberta, as pessoas percebiam que a casa era muito grande; porque, do contrário, dava a impressão de ser um apartamento dos que agora estão construindo, mal dá para mexer-se; Irene e eu vivíamos sempre nessa parte da casa, quase nunca chegávamos além da porta de mogno, a não ser para fazer a limpeza, pois é incrível como se junta pó nos móveis. Buenos Aires pode ser uma cidade limpa; mas isso é graças aos seus habitantes e não a outra coisa. Há poeira demais no ar, mal sopra uma brisa e já se apalpa o pó nos mármores dos consoles e entre os losangos das toalhas de macramê; dá trabalho tirá-lo bem com o espanador, ele voa e fica suspenso no ar um momento e depois se deposita novamente nos móveis e nos pianos.

Lembrarei sempre com toda a clareza porque foi muito simples e sem circunstâncias inúteis. Irene estava tricotando no seu quarto, por volta das oito da noite, e de repente tive a idéia de colocar no fogo a chaleira para o chimarrão. Andei pelo corredor até ficar de frente à porta de mogno entreaberta, e fazia a curva que levava para a cozinha quando ouvi alguma coisa na sala de jantar ou na biblioteca. O som chegava impreciso e surdo, como uma cadeira caindo no tapete ou um abafado sussurro de conversa. Também o ouvi, ao mesmo tempo ou um segundo depois, no fundo do corredor que levava daqueles quartos até a porta. Joguei-me contra a parede antes que fosse tarde demais, fechei-a de um golpe, apoiando meu corpo; felizmente a chave estava colocada do nosso lado e também passei o grande fecho para mais segurança.

Entrei na cozinha, esquentei a chaleira e, quando voltei com a bandeja do chimarrão, falei para Irene:

— Tive que fechar a porta do corredor. Tomaram a parte dos fundos.

Ela deixou cair o tricô e olhou para mim com seus graves e cansados olhos.

— Tem certeza?

Assenti.

— Então — falou pegando as agulhas — teremos que viver deste lado.

Eu preparava o chimarrão com muito cuidado, mas ela demorou um instante para retornar à sua tarefa. Lembro-me de que ela estava tricotando um colete cinza; eu gostava desse colete.

Os primeiros dias pareceram-nos penosos, porque ambos havíamos deixado na parte tomada muitas coisas de que gostávamos. Meus livros de literatura francesa, por exemplo, estavam todos na biblioteca. Irene pensou numa garrafa de Hesperidina de muitos anos. Freqüentemente (mas isso aconteceu somente nos primeiros dias) fechávamos alguma gaveta das cômodas e nos olhávamos com tristeza.

— Não está aqui.

E era mais uma coisa que tínhamos perdido do outro lado da casa.

Porém também tivemos algumas vantagens. A limpeza simplificou-se tanto que, embora levantássemos bem mais tarde, às nove e meia por exemplo, antes das onze horas já estávamos de braços cruzados. Irene foi se acostumando a ir junto comigo à cozinha para me ajudar a preparar o almoço. Depois de pensar muito, decidimos isto: enquanto eu preparava o almoço, Irene cozinharia os pratos para comermos frios à noite. Ficamos felizes, pois era sempre incômodo ter que abandonar os quartos à tardinha para cozinhar. Agora bastava pôr a mesa no quarto de Irene e as travessas de comida fria.

Irene estava contente porque sobrava mais tempo para tricotar. Eu andava um pouco perdido por causa dos livros, mas, para não afligir minha irmã, resolvi rever a coleção de selos do papai, e isso me serviu para matar o tempo. Divertia-nos muito, cada um com suas coisas, quase sempre juntos no quarto de Irene que era o mais confortável. Às vezes Irene falava:

— Olha esse ponto que acabei de inventar. Parece um desenho de um trevo?

Um instante depois era eu que colocava na frente dos seus olhos um quadradinho de papel para que olhasse o mérito de algum selo de Eupen e Malmédy. Estávamos muito bem, e pouco a pouco começamos a não pensar. Pode-se viver sem pensar.

(Quando Irene sonhava em voz alta eu perdia o sono. Nunca pude me acostumar a essa voz de estátua ou papagaio, voz que vem dos sonhos e não da garganta. Irene falava que meus sonhos consistiam em grandes sacudidas que às vezes faziam cair o cobertor ao chão. Nossos quartos tinham o salão no meio, mas à noite ouvia-se qualquer coisa na casa. Ouvíamos nossa respiração, a tosse, pressentíamos os gestos que aproximavam a mão do interruptor da lâmpada, as mútuas e freqüentes insônias.

Fora isso tudo estava calado na casa. Durante o dia eram os rumores domésticos, o roçar metálico das agulhas de tricô, um rangido ao passar as folhas do álbum filatélico. A porta de mogno, creio já tê-lo dito, era maciça. Na cozinha e no banheiro, que ficavam encostados na parte tomada, falávamos em voz mais alta ou Irene cantava canções de ninar. Numa cozinha há bastante barulho da louça e vidros para que outros sons irrompam nela. Muito poucas vezes permitia-se o silêncio, mas, quando voltávamos para os quartos e para o salão, a casa ficava calada e com pouca luz, até pisávamos devagar para não incomodar-nos. Creio que era por isso que, à noite, quando Irene começava a sonhar em voz alta, eu ficava logo sem sono.)

É quase repetir a mesma coisa menos as conseqüências. Pela noite sinto sede, e antes de ir para a cama eu disse a Irene que ia até a cozinha pegar um copo d'água. Da porta do quarto (ela tricotava) ouvi barulho na cozinha ou talvez no banheiro, porque a curva do corredor abafava o som. Chamou a atenção de Irene minha maneira brusca de deter-me, e veio ao meu lado sem falar nada. Ficamos ouvindo os ruídos, sentindo claramente que eram deste lado da porta de mogno, na cozinha e no banheiro, ou no corredor mesmo onde começava a curva, quase ao nosso lado.

Sequer nos olhamos. Apertei o braço de Irene e a fiz correr comigo até a porta cancela, sem olhar para trás. Os ruídos se ouviam cada vez mais fortes, porém surdos, nas nossas costas. Fechei de um golpe a cancela e ficamos no corredor. Agora não se ouvia nada.

— Tomaram esta parte — falou Irene. O tricô pendia das suas mãos e os fios chegavam até a cancela e se perdiam embaixo da porta. Quando viu que os novelos tinham ficado do outro lado, soltou o tricô sem olhar para ele.

— Você teve tempo para pegar alguma coisa? — perguntei-lhe inutilmente.

— Não, nada.

Estávamos com a roupa do corpo. Lembrei-me dos quinze mil pesos no armário do quarto. Agora já era tarde.

Como ainda ficara com o relógio de pulso, vi que eram onze da noite. Enlacei com meu braço a cintura de Irene (acho que ela estava chorando) e saímos assim à rua. Antes de partir senti pena, fechei bem a porta da entrada e joguei a chave no ralo da calçada. Não fosse algum pobre-diabo ter a idéia de roubar e entrar na casa, a essa hora e com a casa tomada.

sábado, 27 de abril de 2013

O nome em terror contemporâneo

Stephen King, se você não o conhece, é certamente porque tem um bom estado mental, mas para os meio loucos (como eu) ele é um deus inspirador, com mais de 50 obras publicadas, predomina o tema do horror gótico e da violência, tanto física quanto mental, seus livros tem o poder de machucar e horrorizar mas que se você aguentar a leitura até o fim, sempre fica um gostinho de quero mais... grande parte de suas obras foram adaptadas para o cinema em grandes produções Hollyoodianas, tais como:  Carrie, a estranha (que já teve duas versões e mais uma está marcada para 19 de novembro desse ano [2013]); Christine, o carro assassino; IT, uma obra prima do medo; O gato dos infernos (filme incluso na série de TV Contos da escuridão, O gato dos infernos é um conto presente no livro Ao cair da noite); O apanhador de sonhos; O cemitério maldito; A espera de um milagre; Um sonho de liberdade; A colheita maldita; O iluminado; Conta comigo; 1408; entre outros que não vou citar porque são muitos, mas enfim... Sou um grande fã de Stephen king desde meus 14 anos de idade quando comprei o livro Christine, um livro sugestivo na prateleira de um sebo qualquer e que me chamou a atenção, depois de ler Christine eu não parei mais, então vieram Carrie, a estranha, Os olhos do dragão, O cemitério, A espera de um milagre; A maldição do cigano; Pesadelo e paisagens noturnas I e II; A metade negra; Ao cair da noite; entre outros livros extremamente grossos que fazem parte da minha coleção até hoje, mas eu queria falar agora do meu preferido de Stephen King, uma obra tão tensa e sensível que fez meus olhos saltarem e levei mais de 632 paginas num só fôlego, essa é uma das obras que não foram adaptadas para o cinema e eu espero que não seja mesmo, pois acabariam resumindo todo o encanto e a beleza das sombras desse romance.
O livro se chama Rose Madder, foi publicado pela primeira vez em 1995 (que coincidência! o ano em que nasci!) e já foi traduzido para mais de 20 países, vendendo milhares de cópias, o livro foi um sucesso tremendo, mas hoje, que a poeira já abaixou, ninguém mais sabe que ele existe! Mas vamos corrigir esse erro agora, está bem? ótimo!
Rose Madder conta a trágica (ook, vocês já devem ter percebido que amo tragédias não é?) história de Rosie (não, o nome dela não é o nome título), uma mulher submissa do marido sádico, o infeliz policial Norman Daniels, que a tortura física e psicologicamente durante seus 14 anos de casado e Rosie, fraca, medrosa e insegura de si, se vê incapaz de agir e absorve aquilo tudo como uma espécie grotesca de rotina, mas certa manhã, trocando a roupa de cama após Norman ter saído para o trabalho, Rosie vê uma gota de sangue manchando o lençol branco e algo trinca em sua mente, aquela gota de sangue a acorda para o mundo a sua volta e percebe que aquela gota de sangue saiu dela durante a noite, em consequência dos espancamentos do marido e depois de muito pensar, ela percebe que não pode mais viver daquele modo, e assim começa a história das aventuras de Rosie, que sai de casa apenas com a roupa do corpo e o cartão de banco do marido, toma um ônibus e sai em viagem até uma cidade onde faz amigos de verdade, consegue abrigo e ganha dinheiro, encontra um novo amor por quem se entrega totalmente e durante um período, Rosie vive pela primeira vez feliz depois de muito tempo, mas o que ela pensava estar terminado, estava apenas começando, a ira de Norman o fez sair em busca dela e usando de todos os seus artifícios de policia para encontrar seu rastro e segui-lo, mas quanto mais se aproxima, mas ele tem que se afastar, pois pessoas agora fazem parte da vida de Rosie e ele começa a tirá-las do caminho e seu rastro de sangue pretende acabar em Rosie, mas em meio a todo o mistério, Rosie compra uma casa, e em uma loja de penhores um quadro intitulado Rose Madder a chama a atenção, mas o que ela não esperava era encontrar um novo mundo dentro do quadro que se mostrou um artefato místico, um portal para um outro lugar que a princípio parece apenas um sonho, mas logo isso vai se aprimorando e a em uma dessas passagens, a moça loira na pintura lhe da a tarefa de entrar nas ruinas do castelo ao longe, onde teria de ir até o fim para encontrar um bebe e enfrentar o grande touro que o guardava, em uma tortura psicológica, Rosie entende que o touro era seu marido e que o bebe era o bebe que tanto desejava e que perdera tempos atrás, mas enfrenta o touro e isso a fortalece.
O livro é cheio de pensamentos fortes, mensagens sobre os maus tratos a mulher e torturas psicológicas, além de sensibilidade ao narrar os cenários, em dizer como os sentimentos são explícitos e narrando o erotismo e o ódio em linguagem não moderada, mas sim explicita, para que possamos presenciar a cena, sentir com eles. Stephen King usa de artifícios semelhantes aos de Anne Rice, mas assim... cada um tem seu estilo, mas mesmo assim, ambos são ótimos escritores.
Espero ter contribuído para que o público de Rose Madder reapareça e que novos públicos surjam, pois esse é um ótimo livro e merece ser lido.
ROSAS PARA ROSE MADDER: Para esse romance, dou 9 rosas vermelhas!
Até a próxima!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pensamento

Hum... o que falar? Não sei, nem ao menos sei o porque de estar escrevendo, mas... sabe? sempre que coloco o título acima eu nunca sei o porque de estar escrevendo... são apenas linhas de raciocínio jogadas ao vento em palavras que no fim parecem ter algum sentido. Fiquei muito feliz que um de meus intitulados Pensamentos tenham reconfortado um de meus leitores que infelizmente se fez anônimo, eu entendo os anônimos, mas se você tiver um perfil, comente com seu perfil, eu gosto de ver quem são vocês meus amigos, assim como não me escondo atrás de um nome falso ou uma foto sem sentido, vocês também não devem se esconder... mas bem, não sei bem o que escrever, parece que já ganhei um fã com meu conto "Voo noturno" mas que infelizmente se fez anônimo também, ahh por favor, vocês que leem este blog, da uma olhadinha no conto lá também, deixem sua opinião, nem que sejam anônimas mesmo, quero continuar a escrever, mas tenho que saber o que deve ser aprimorado e com aquela amostra de meu estilo literário vocês podem ver isso, pois lá eu coloquei tudo o que eu prezo em um texto, que é o romance, o enredo, meu estilo de escrita único!, o erotismo, o terror, o banho de sangue, a criatura sobrenatural, o choque com a realidade e também as reflexões sobre o que está acontecendo e a perda da sanidade mental... ook, pode parecer meio mórbido, mas eu me identifico muito com Edgar Allan Poe, então dali só pretendo crescer e nada mais, pois nos contos dele ele colocava todos esses elementos que mexiam com a cabeça do leitor e é isso que eu tento fazer, deixa-los pensando e com medo... mas deixe isso para depois, a análise do texto eu deixo a critério de vocês e espero que comentem lá mesmo! Mas enfim, como disse no início, não há motivos para estar escrevendo aqui, mas assim como antes... eu não estou nem ai.
Até a próxima!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

História e maldição.

Como descrever O exorcista? hum, com certeza você já ouviu falar desse clássico do cinema, bem, quem não conhece a história da menininha possuída? mas você sabia que O exorcista foi um livro? hum, então, é isso que poucos sabem, pois esse livro está esgotado e para encontrá-lo tive que fuçar em muitos sebos, mas enfim eu o tenho em mãos e me surpreendi com o que li, pois é um livro muito forte e pode acreditar, não consigo sentir muito terror em um livro mas esse me deixou sem fôlego, além de enjoado, o filme facilmente chocou milhões, mas se esse milhões lessem o livro, sentiriam o filme como um passeio no parque.
Escrito por William Peter Blatty em 1971, foi considerado uma das obras mais chocantes e assustadoras de todos os tempos e esse título permanece até hoje, com 321 páginas de puro horror e suspense, essa é uma das poucas obras que leio que consigo manter o coração batendo forte a cada página e mistério inexplicado. Eu já havia visto o filme diversas vezes antes de ler esse romance, mas mesmo sabendo a história, sabendo o que vai acontecer, sabendo os eventos ocorridos, o livro consegue te surpreender com detalhes, diálogos e descrições que de tão pesadas não foram acressentadas ao filme, como quando o livro diz que a menina Regan aparece na cozinha em pânico, gritando para a mãe que seu "amigo" imaginário a está perseguindo e depois ela cai no chão, se contorcendo e choramingando, dizendo que ele a está chutando e socando e marcas aparecem nela. Eu particularmente fiquei horrorizado com essa e outras cenas inéditas, mas o livro também é cheio de conhecimento e informações sobre as missas negras, os demônios (predominantemente Pazuzu) e o satanismo, como na citação que tirei do livro:
"Missa Negra... uma espécie de culto diabólico, o ritual, de modo geral, consistia em (1) uma exortação (o "sermão") à prática do mal no seio da comunidade, (2) no coito com o demônio (supostamente doloroso, o pênis do Diabo era invariavelmente descrito como "frio como gelo"), e (3) uma variedade de profanações, principalmente de índole sexual"
Ook, tem mais coisas nessa citação, mas não vou escrever aqui porque esse blog não é predominantemente grotesco, se fosse eu continuaria, mas não é e esse blog é lido por muitas pessoas de muitos gostos então não vou continuar, mas confie, é muito forte! Raramente encontro um livro com esse poder de chocar e horrorizar.
Mas agora falando um pouquinho da adaptação holliwoodiana de 1973: O exorcista (the exorcist), dirigido por Willian Friedkin e com Linda Blair no papel da menina possuída Regan e que nesse ano (2013) comemora 40 anos de lançamento. Desde que estreou, o longa já arrecadou mais de US$ 2,1 bilhões no mundo, segundo levantamento feito pela emissora de TV norte-americana CNBC, especializada em negócios. A cifra é uma estimativa, já que não existem dados confiáveis de todos os países em que o filme foi exibido.

Mas os fenômenos paranormais não permaneceram apenas no filme, o set de filmagens foi alvo de protestos religiosos que eram contra o tema e que não queriam que o filme fosse terminado e em pouco tempo, todos perceberam que estavam mexendo com algo fora do comum e infelizmente começaram as vítimas: o ator Jack MacGowran que interpretou a primeira pessoa a morrer no filme, morreu de pneumonia apenas uma semana após terminar suas gravações e dizia estar sendo perseguido; a atriz Ellen Burstyn, que fazia a mãe da protagonista possuída, se machucou feio na cena em que Regan a arremessava contra a parede, o acidente, causado pela força exagerada de um dos técnicos do set, lhe rendeu uma lesão na base da coluna e o grito real de dor que sentiu no momento é o mesmo exibido no longa, que gelou o sangue de todos nós; a equipe também sofreu os males, a esposa de um câmera perdeu o bebê, um vigia noturno do estúdio foi morto a tiros, o responsável pela refrigeração do set teve uma morte inexplicável, um carpinteiro decepou o próprio polegar e outro arrancou o dedo do pé; para o bem ou para o mal, o papel marcou Linda Blair, então com 14 anos: aos 18 foi presa por porte de drogas, depois, se disse tão traumatizada pela experiência do filme que jurou jamais ter filhos, para não correr o risco de sofrer o que o personagem de Ellen Burstyn sofreu na história do longa; por causa do tema e das cenas explícitas, o longa causou furor, nos EUA, as sessões geravam histeria coletiva, desmaios e vômitos, na Itália, uma igreja do século 16, vizinha a um cinema que exibia o filme, foi atingida por um raio, que destruiu sua cruz; o sucesso rendeu continuações e mais polêmicas, Willian P. Blatty foi considerado "A mente do mal" (semelhante ao título de mais um de seus livros) e um de seus maiores fãs, o serial killer Jeffrey Dahmer, passou a ter o costume de assistir O exorcista 3 várias vezes antes de matar suas vítimas e quando foi finalmente pego, o mesmo filme era exibido na TV. (fatos tirados de revistas revisadas e sites de respeito da internet).
Enfim... o filme foi considerado maldito e proibido em alguns países pequenos, o temas foi levado adiante e em uma jogada de marketin sobre a pesquisa que indica que pessoas gostam de possessões e demônios, inspirando assim filmes como Constantine, O dominador de corpos, O ultimo exorcismo, O exorcismo de Emily Rose, O ritual, Demônio, entre muitos outros!
Mas nenhum dos filmes posteriores a O exorcista conseguiram superar o terror e o medo, além do sucesso que esse clássico conseguiu, apesar das polêmicas, revoltas e histerias.
ROSAS PARA O FILME: Hum, sinceramente estou em dúvida, mas para o filme dou 8 rosas vermelhas.
ROSAS PARA O LIVRO: 9 rosas vermelhas.
Até a próxima!

domingo, 21 de abril de 2013

Desejos, punições e liberdade...

Leia o nome acima, você o conhece? tenho certeza que sim, mas se não o conhece eu lhe digo quem ela é: Anne Rice, é o nome em literatura gótica de terror, romance e erotismo e é exatamente sobre isso que vou falar agora, ou melhor, sobre a mais tensa de suas obras: A trilogia erótica da Bela Adormecida.
Publicada inicialmente nos anos oitenta, Anne Rice usou o pseudônimo de A. N. Roquelaure, para que a censura não fosse pesada. Bem, inicialmente pense em algo extremamente chocante. Pensou? Mil desculpas, você passou longe do conteúdo dessa trilogia, essa história é de chocar até os mais duros e insensíveis. Bem, de acordo com o conto original dos irmãos Grimm, Bela só pode ser despertada da maldição por um beijo do príncipe, mas sob a imaginação de Anne Rice, o príncipe a desperta não com um beijo, mas com o ato sexual, estuprando-a, e num mundo completamente novo e brutal, Bela se vê compelida a submissão pelo príncipe, pois nesse novo mundo, príncipes e princesas servem como escravos sexuais para a rainha e como prêmio por despertar Bela do sono de cem anos, ela se tornou escrava do, inicialmente cruel, sarcástico e demoníaco príncipe encantado.
Anne Rice cria situações de total dor, humilhação e muita tensão, eu ri ao ler, chorei, senti dor com eles, senti prazer, os personagens são completamente expressivos e profundos (em todos os sentidos), a autora não se limitou ao moderado erotismo que usou em livros como Entrevista com o vampiro, ou Violino, nessa trilogia, o explicito é pouco para descrever o que se passa, ela narra todos os sentimentos, todas as "reações do corpo", cada parte da anatomia humana sendo espancada ou tocada... enfim, é um verdadeiro estudo sobre o sexo e se comparado ao sadomasoquismo de 50 tons de cinza, o livro de E. L. James vai parecer um livro infantil.
A trilogia é composta por histórias enxutas começando pelo primeiro deles chamado: Os desejos da Bela Adormecida, seguindo pelo segundo: A punição da Bela e o terceiro, último e arrebatador livro: A libertação da Bela.
Mas para os que pensam que essa história se encerra em apenas homens e mulheres, tire o cavalo da chuva, como já disse, Anne Rice não se limita nessa história, sendo que esse estudo sobre o sexo se passa de vários ângulos, não apenas o ato heterossexual, há cenas no decorrer dos livros em que o príncipe tem relações homossexuais e Bela também, além de explorar os desejos mais íntimos da alma, não se limitando a duas pessoas ou em quatro paredes.
Bem, agora eu lhes deixo com sua imaginação a fluir, superecomendo essa trilogia, mas eu lhes advirto, não é para qualquer um, tenha estômago forte e cabeça fresca, principalmente para o segundo livro, como disse e repito, não há limitações nesses livros e regras literárias são jogadas ao vento, é uma visão completamente nova dos desejos humanos...
Anne Rice escreveu o livro que todos queríamos, mas que ninguém teve coragem de criar!

ROSAS PARA A TRILOGIA ERÓTICA DA BELA ADORMECIDA: Simplesmente perfeito, em questões já apontadas, dou a essa trilogia 10 rosas vermelhas!

Até a próxima!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Eterno desastre hollyoodiano


A hospedeira é uma história bem difícil de se explicar, primeiro porque foi escrita por Stephenie Meyer, autora da saga Crepúsculo e outra porque eu nunca imaginei uma história como essa sair da mente de uma mulher como ela, em Crepúsculo vemos como essa escritora pode ser melodramática e por mais que eu goste disso, não gosto muito do elemento perfeitinho, pois crepúsculo tem um ritmo óbvio, você adivinha o final e facilmente se tornaria uma história normal se tirássemos o vampirismo, mas vamos deixar crepúsculo para outra hora, bem, como dizia, Stephenie Meyer tratou de assuntos totalmente diferentes nesse novo romance, assuntos mais maduros, mais tensos e polêmicos que crepúsculo, por isso não acreditei quando li, crepúsculo é uma história doce, a hospedeira é uma história aventureira, claro que ela tratou do romance com os mesmos elementos de crepúsculo, mas de uma maneira diferente e de uma forma genial. Melanie Stryder é a protagonista dessa história e ao contrario de Isabella Swan, de crepúsculo, ela é uma mulher e não faz o tipo tímida e frágil, Melanie é durona, briga bem e faz qualquer homem apanhar feio, não é do tipo que leva desaforo pra casa, mas ela não é assim porque quer, essa história se passa a anos no futuro, almas alienígenas tomaram nosso planeta e nossos corpos, quase todos os humanos da terra foram sucumbidos a esse processo macabro e os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores, mas ainda existe esperança, Melanie e sua família formaram uma resistência contra as almas e vivem suas vidas reclusos, mas por acidente, buscadores (almas designadas a encontrar humanos selvagens) encontram Melanie e seu irmão, mas Melanie o esconde e tenta acabar com a própria vida, se jogando de uma janela, mas por falta de sorte ela sobrevive, Melanie é sucumbida ao processo de possessão e Peregrina é inserida dentro dela, mas Melanie resiste e por mais que Peregrina tente vasculhar a mente dela, Melanie resiste e para tentar enlouquecer a alma, Melanie lança a ela imagens de seu amado, Jared, em cenas de paixão de seu passado e como tudo aconteceu, o terror da invasão, o sofrimento da resistência até tudo acabar com sua tentativa de suicídio, deixando seu irmão sozinho, Peregrina começa a sentir os sentimentos humanos (paixão, tristeza, horror) e percebe, por mais que isso pareça errado, que as almas estão fazendo mal. A partir dai o livro se torna uma aventura, Melanie e Peregrina se tornam aliadas improváveis, fogem do prédio das almas e partem para o deserto em busca da resistência, mas Melanie não é mais Melanie e por mais que Peregrina pareça inofensiva, ninguém além de seu tio acredita que ela não vá trazer um exercito para o esconderijo, mas  com essa união, uma guerra se abate entre os humanos e as almas, a guerra pelo direito de viver, pelo amor, pela liberdade e tudo se desenrola de uma forma impressionante, esse livro merece muito ser lido, no entanto, o filme é outros quinhentos....
E então eu fui assistir a adaptação de "A hospedeira" e pude notar, que como crepúsculo, tentaram transformar um romance de simples narrativa e história forte em um épico e com isso acabando com toda a qualidade de uma história bem estruturada. Hollywood, na minha opinião, nunca deveria ter começada a trabalhar com adaptações de histórias literárias, pois nunca se sai bem, crepúsculo, como já disse, foi o pior de todos e foi a partir do filme que fãs de outras sagas começaram a odiar Stephenie Meyer, pois o filme retirou toda a ação do livro, a aventura e o mesmo se remete a A hospedeira, toda a tensão do livro, toda a ação foi transformado em um romance água com açúcar nesse novo filme baseado no romance de Meyer e eu nunca esperaria isso, apesar de já poder ter deduzido. mas enfim, leiam o livro, não percam tempo com esse novo filme, pois tudo o que há de bom não surgiu nas telas.
LIVRO: para o livro eu dou 8 rosas vermelhas.
FILME: para o filme, dou 5 rosas vermelhas.
Até a próxima!


domingo, 7 de abril de 2013

Corrida de cera aos vampiros.

Hoje o dia foi uma verdadeira aventura, bem, propositalmente.
Eu tinha dois eventos marcados e em lugares totalmente diferentes, como já havia postado aqui, hoje (07/04/2013) foi o segundo dia de lançamento do livro As crônicas do fim do mundo - A noite maldita, de André Vianco e eu prometi fotos não foi? bem, não consegui tirar uma foto de minha ao lado dele, mas tenho fotos do evento, mas voltando ao que eu estava falando, antes de ir ao lançamento eu tinha também um conpromisso para ir visitar o museu de cera, no shopping plasa mooca, se fui? claro que fui, mas foi uma verdadeira corrida, os ônibus estavam lotados, os trem, nem tanto, mas demoravam a passar, visitei o museu com a maior calma possivel, apreciei as obras e tirei muitas fotos (abaixo), mas minha cabeça ficava voltada para o lançamento, levei quase duas horas do shopping mooca até o shopping aricanduva, onde estava Vianco, mas de fim, fiz novas amizades, peguei o autógrafo que tanto desejava e tirei muitas fotos, podem ver algumas delas abaixo:

MUSEU DE CERA:

LANÇAMENTO DO VIANCO:


Até a próxima!










quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pensamento

As vezes eu penso (não, jura?), sério gente, me ajudem, pensem, o que pode ser mais doloroso que uma perda? não que eu tenha perdido alguém recentemente mas eu escrevo para mim mesmo e as vezes escrever é tão profundo que é como que se ao escrever, você revivesse aquele fato e isso é muito triste. quando se perde alguém que se ama, um pai, mãe, avô, etc... você costuma ficar muito mal, eu particularmente chorei durante três dias após a morte do meu avô e ainda não consigo pensar nisso sem sentir um peso no coração, quando eu escrevo, tanto seja no blog ou em meu livro eu procuro transmitir ali o que eu estou sentindo e cada palavra tem um significado para mim, por isso eu tenho tanto amor pelos textos e pelos sentimentos, pois eu sei que todo escritor também pensa dessa forma, trazer para o papel aquele amor, aquele ódio, a tristeza e tudo o mais...
Como diz o título, não há motivos para eu estar escrevendo isso e também não quero dizer nada, só estou aqui escrevendo meus pensamentos e acho correto trazer a tona esse assunto, pois creio que todos nós já perdemos pelo menos uma pessoa que amamos, então, em nome de todos eles, eu concedo uma rosa para cada alma e que sigam seu caminho em paz:


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Faça-me chorar ou morra!

Falando de Os Miseráveis, uma das mais aclamadas obras da literatura universal e de um dos maiores mestres da literatura clássica (Victor Hugo), é claro que não poderia deixar de sair daqui, uma matéria digna das mais belas poesias e citações, Os miseráveis veio a mim em um momento de dificuldade e me ajudou muito a entender as dores do mundo. Sabe quando você está está naquela depressão impossível de se escapar, você pensa que se há um inferno você está vivendo nele? Bem, eu estava assim (motivos pessoais), achava que tudo estava perdido e nada ia melhorar (eu era alguém muito depressivo mesmo), pois bem, e como um anjo mandado pelos céus, mandaram-me os miseráveis, uma história mais que encantadora, doce e trágica que mexeu comigo de corpo e alma. 
Eu já tinha conhecimento do talento de Victor Hugo, há muito já havia lido O corcunda de Notre Dame (prometo uma resenha sobre este), mas confesso que nunca havia ouvido falar de Os miseráveis, comprei os livros para o trabalho da escola e os li vorazmente, sou um grande fã do romance a moda antiga e os miseráveis faz bem esse gênero, mas por que, você pergunta, por que esse romance é bom para pessoas depressivas? Bem, esse romance retrata a vida dos pobres e condenados franceses do século XIX, retrata o sofrimento e as injustiças de pessoas de diferentes classes sociais e a guerra que disso se origina, em fim, este livro retrata questões presentes até hoje e mostra como nossas vidas podem mudar, como podemos vencer e também, mostra como as pessoas lá fora sofrem muito mais do que nós e perseveram fortes.
Os Miseráveis conta as diversas histórias de pessoas interligadas de uma forma ou de outro por algum fator do destino, centralizando inicialmente em Jean Valjean, um homem condenado e preso durante 19 anos por roubar um pouco de pão para alimentar a família, depois desse período ele sai em condicional a procura de emprego, encontrando em um velho padre a amizade ideal e após um incidente a mensagem ideal, o padre lhe dá toda a prata que tem, dizendo que em troca ele lhe pegara a sua alma, fazendo-o prometer usar a prata para se tornar um novo homem e assim ele faz. 10 anos depois ele muda de identidade, Jean simplesmente some do mapa e em seu lugar há apenas o prefeito da cidade, mas um guarda que o torturou no passado (Javert) o reconhece e o condena por fraude, mas antes disso ele conhece Fantine, uma mulher extremamente pobre que trabalhava em sua fabrica e por seu consentimento é demitida por ter uma filha sem ter marido, Fantine passa a se prostituir e vende seus dentes e cabelos para conseguir dinheiro, até que um homem tenta abusar de seu corpo e quase é condenada por agredi-lo, Jean salva sua pele e ela conta que sua filha está muito doente e sob cuidados de um casal longe dali e depois da morte trágica de Fantine, Jean vai até a filha, Cosette e descobre-a sob os maus-tratos de dois vigaristas que abusam dela, ele a leva com ele, mas ele agora é um foragido novamente e ambos começam uma vida nova e discreta. A história a partir dai é pelo conceito de vocês, não vou contar o que acontece, agora quero falar do filme...
Os miseráveis teve algumas adaptaçãos (assisti a todas) mas nenhuma me chamou tanto a atenção quanto a que estreou ano passado (2012), um musical dirigido por Tom Hooper, e que levava Anne Hathaway no papel de Fantine, Hugh Jackman no papel de JeanValjean, Russell Crowe no papel de Javert, Amanda Seyfried no papel de Cosette adolescente, Hellena Bonham Carter no papel da vigarista que tortura Cosette e Isabelle Allen no papel de Cosette criança. Por que esse filme me chamou tanta atenção? Bem, em primeiro lugar, eu adoro musicais e adoro dramas, posso não conseguir aqui descrever com clareza o que senti assistindo, mas tenha certeza de que irei tentar.
Em primeiro lugar, a canção dos condenados na primeira cena do filme (Olhe para baixo! eles dizem) e aquela canção é tão forte que logo de inicio o filme já daixa seu coração a mil, depois, a canção de Fantine após vender seu corpo e cortar seu cabelo, ela fala de romance nos homens da antiguidade, pois agora, no inferno que está vivendo, homens são machistas, secos, maldosos e violentos, não há mais o respeito e a canção de sua morte, que toca nossos corações em primeiras lágrimas com o filme, adorei essa adaptação pois também consegue retratar tudo de forma breve e completa, todas as canções são fortes e após a morte de Jean, depois que Fantine o leve para o outro mundo, a canção que chocou milhares de pessoas, após a cena mais triste, essa ultima canção transforma suas lágrimas de tristeza em lágrimas de alegria, a canção dos mortos, a mais bela visão de todos aqueles que morreram no decorrer do filme, cantando uma canção de superação e força, que toca nossos corações e nos inspira a dar sempre o melhor de nós mesmos, uma canção super forte e que chega a nos doer a alma. Simplesmente adorei.

MINHAS ROSAS:
FILME: 10 rosas vermelhas (não poderia ser diferente, é um dos melhores filmes que eu já vi)
LIVRO: 8 rosas vermelhas, pois a história de Jean se deixou ofuscar um pouco por histórias que não tinham tanta importância.
Até a próxima!