segunda-feira, 1 de abril de 2013

Faça-me chorar ou morra!

Falando de Os Miseráveis, uma das mais aclamadas obras da literatura universal e de um dos maiores mestres da literatura clássica (Victor Hugo), é claro que não poderia deixar de sair daqui, uma matéria digna das mais belas poesias e citações, Os miseráveis veio a mim em um momento de dificuldade e me ajudou muito a entender as dores do mundo. Sabe quando você está está naquela depressão impossível de se escapar, você pensa que se há um inferno você está vivendo nele? Bem, eu estava assim (motivos pessoais), achava que tudo estava perdido e nada ia melhorar (eu era alguém muito depressivo mesmo), pois bem, e como um anjo mandado pelos céus, mandaram-me os miseráveis, uma história mais que encantadora, doce e trágica que mexeu comigo de corpo e alma. 
Eu já tinha conhecimento do talento de Victor Hugo, há muito já havia lido O corcunda de Notre Dame (prometo uma resenha sobre este), mas confesso que nunca havia ouvido falar de Os miseráveis, comprei os livros para o trabalho da escola e os li vorazmente, sou um grande fã do romance a moda antiga e os miseráveis faz bem esse gênero, mas por que, você pergunta, por que esse romance é bom para pessoas depressivas? Bem, esse romance retrata a vida dos pobres e condenados franceses do século XIX, retrata o sofrimento e as injustiças de pessoas de diferentes classes sociais e a guerra que disso se origina, em fim, este livro retrata questões presentes até hoje e mostra como nossas vidas podem mudar, como podemos vencer e também, mostra como as pessoas lá fora sofrem muito mais do que nós e perseveram fortes.
Os Miseráveis conta as diversas histórias de pessoas interligadas de uma forma ou de outro por algum fator do destino, centralizando inicialmente em Jean Valjean, um homem condenado e preso durante 19 anos por roubar um pouco de pão para alimentar a família, depois desse período ele sai em condicional a procura de emprego, encontrando em um velho padre a amizade ideal e após um incidente a mensagem ideal, o padre lhe dá toda a prata que tem, dizendo que em troca ele lhe pegara a sua alma, fazendo-o prometer usar a prata para se tornar um novo homem e assim ele faz. 10 anos depois ele muda de identidade, Jean simplesmente some do mapa e em seu lugar há apenas o prefeito da cidade, mas um guarda que o torturou no passado (Javert) o reconhece e o condena por fraude, mas antes disso ele conhece Fantine, uma mulher extremamente pobre que trabalhava em sua fabrica e por seu consentimento é demitida por ter uma filha sem ter marido, Fantine passa a se prostituir e vende seus dentes e cabelos para conseguir dinheiro, até que um homem tenta abusar de seu corpo e quase é condenada por agredi-lo, Jean salva sua pele e ela conta que sua filha está muito doente e sob cuidados de um casal longe dali e depois da morte trágica de Fantine, Jean vai até a filha, Cosette e descobre-a sob os maus-tratos de dois vigaristas que abusam dela, ele a leva com ele, mas ele agora é um foragido novamente e ambos começam uma vida nova e discreta. A história a partir dai é pelo conceito de vocês, não vou contar o que acontece, agora quero falar do filme...
Os miseráveis teve algumas adaptaçãos (assisti a todas) mas nenhuma me chamou tanto a atenção quanto a que estreou ano passado (2012), um musical dirigido por Tom Hooper, e que levava Anne Hathaway no papel de Fantine, Hugh Jackman no papel de JeanValjean, Russell Crowe no papel de Javert, Amanda Seyfried no papel de Cosette adolescente, Hellena Bonham Carter no papel da vigarista que tortura Cosette e Isabelle Allen no papel de Cosette criança. Por que esse filme me chamou tanta atenção? Bem, em primeiro lugar, eu adoro musicais e adoro dramas, posso não conseguir aqui descrever com clareza o que senti assistindo, mas tenha certeza de que irei tentar.
Em primeiro lugar, a canção dos condenados na primeira cena do filme (Olhe para baixo! eles dizem) e aquela canção é tão forte que logo de inicio o filme já daixa seu coração a mil, depois, a canção de Fantine após vender seu corpo e cortar seu cabelo, ela fala de romance nos homens da antiguidade, pois agora, no inferno que está vivendo, homens são machistas, secos, maldosos e violentos, não há mais o respeito e a canção de sua morte, que toca nossos corações em primeiras lágrimas com o filme, adorei essa adaptação pois também consegue retratar tudo de forma breve e completa, todas as canções são fortes e após a morte de Jean, depois que Fantine o leve para o outro mundo, a canção que chocou milhares de pessoas, após a cena mais triste, essa ultima canção transforma suas lágrimas de tristeza em lágrimas de alegria, a canção dos mortos, a mais bela visão de todos aqueles que morreram no decorrer do filme, cantando uma canção de superação e força, que toca nossos corações e nos inspira a dar sempre o melhor de nós mesmos, uma canção super forte e que chega a nos doer a alma. Simplesmente adorei.

MINHAS ROSAS:
FILME: 10 rosas vermelhas (não poderia ser diferente, é um dos melhores filmes que eu já vi)
LIVRO: 8 rosas vermelhas, pois a história de Jean se deixou ofuscar um pouco por histórias que não tinham tanta importância.
Até a próxima!

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