domingo, 19 de maio de 2013

O melhor romance sobre vampiros de toda a história!

E 1976, as editoras se lotaram de pedidos de exemplares do mais novo livro que era pedido por todas as livrarias, atenção, era Entrevista com o vampiro que estava nascendo, o primeiro e erótico romance da escritora americana Anne Rice e mal sabia ela que a terapia que encontrou para esquecer a morte da filha jovem, vitima de leucemia, se tornaria um dos mais renomados best-sellers da história, estando no topo de listas de mais vendidos até hoje em todo o mundo e que renderia mais 9 volumes em suas continuações.
Ook, pode ser que eu rasgue seda demais quando falo de Anne Rice aqui, mas nunca escondi de ninguém que ela é minha escritora favorita, não sei, mas existe algo em suas histórias, seu modo de escrever que me encanta até os ossos, principalmente em seu personagem mais famoso, Lestat de Lioncourt, adoro suas narrativas irônicas, admiro muito ela pois não existe preconceito com nenhuma área nos livros de Anne Rice, ela consegue captar cada canto de realidade e ficção, para que todos fiquemos confortáveis, de uma forma ou de outra (detalhe: todos os vampiros homens em livros de Anne Rice são bissexuais, ou seja em cenas de erotismo, pode haver tanto homens com mulheres quando homens com homens, entende o que quero dizer? ela tenta agradar a todos de uma forma doce que é sua narrativa e por mais estranho que possa parecer, ela consegue isso muito bem).
Lembro-me bem de quando ganhei esse livro, só não me recordo ao certo o ano mas creio que foi no ano retrasado (2011), foi em uma época em que tudo o que eu fazia era ler, pois não namorava, não gostava de sair na rua (ainda não gosto), não tinha muito o costume de sair com amigos e de tudo o que passava e passa na TV a maioria é tudo merda, então eu fugia da realidade nos livros de Edgar Allan Poe e Stephen King, eles me divertiam e quando estava com eles eu viajava por horas a fio, em mundos interessantes e sombrios que me faziam vibrar, mas até então eu não tinha lido nada de Anne Rice. Foi quando certa manha meu pai me presenteou com um livro de capa lilás e folhas amareladas, o que indicava que ele era velho (eu adoro isso), eu já tinha ouvido falar de Anne Rice, mas foi ai que eu me apaixonei, estava lendo Amanhecer da saga Crepúsculo na época, não pensei duas vezes, arranquei o marca páginas de Amanhecer e comecei a ler Entrevista com o vampiro no mesmo instante.
É impossível descrever com clareza a riqueza e a vivacidade desse romance, é muito rico em detalhes, além das sombras que nos acompanham como guias durante todas as páginas, este romance é painel de um mundo habitado por seres para quem paixões dilacerantes, mecanismos cruéis de dependência e banhos de sangue são a regra nunca a exceção e por falar em qualidades, o romantismo de Anne Rice encontrou em Clarice Lispector uma tradutora à altura para sua adaptação para o português brasileiro, sendo ela uma interprete sensível, Clarice é uma razão a mais para se ler essa narrativa vampiresca em que a fantasia está solta, mas a realidade espreita viva por trás de gótico, do terror e dos rasgadamente românticos seres da noite.
Entrevista com o vampiro, inicialmente narrado em 3° pessoa, conta o encontro de um caçador de vidas com um caçador de almas, o repórter e o vampiro, o repórter independente segue o vampiro Louis de Pointe du Lac por acha-lo interessante, diferente, mas sem nunca suspeitar de sua verdadeira natureza, Louis, decide por si só não mata-lo, pois sendo solitário quer contar sua história, para então ficar livre para fazer o que quisesse.
 Após o susto inicial, Louis prova ao repórter seu verdadeiro ser, mas explica que não tem nada a temer, que se ele quisesse escutar, ele contaria toda a sua trajetória através dos séculos até aquele momento. E então começa a história, Louis narra tudo desde quando era um jovem de 25 anos, herdeiro de terras e como entrou em uma depressão profunda após perder irmão, após isso ele quis morrer, ele ansiava pela morte, queria perder tudo, passou a beber e apostar, enfrentando a morte de cara a cada vez que ela vinha até ele, mas com essa valentia, ele não esperava chamar a própria morte para o seu encontro.
Lestat de Lioncourt era um vampiro cruel e solitário, com mais de cem anos nessa época, procurava um parceiro para ensinar e fazer-lhe companhia, mas o Dom das trevas não é facilmente concedido a qualquer um, deve-se escolher com cuidado e a ansia de Louis pela morte chamou a atenção de Lestat, fazendo de Louis um escolhido. Em uma noite, Lestat o seguiu e alçando voo ele o mordeu, largando-o desacordado na margem do rio Mississipe, entre a vida e a morte, a partir de então Louis não podia mais comer nada sem enjoar, a água tinha gosto de esgoto e ele adoeceu facilmente, foi então que Lestat veio-lhe fazer a bela proposta que ele aceitou, sob a promessa de Lestat que nada mais ele precisaria sentir após ser como ele, nenhum sofrimento, nenhuma dor, nada de ruim lhe aconteceria e assim começa a jornada dos vampiros através do tempo.
Mas o que Lestat havia prometido não se cumpre facilmente, Louis passa a refletir sobre sua existência e a vida de cada um daqueles que matava, passou a se alimentar apenas de ratos e a lamentar pelos cantos até que perambulando pelas ruas encontrou uma casa onde uma menina havia perdido a mãe pela peste e certamente morreria se continuasse ali, sendo assim, Louis decidiu se alimentar dela, para poupar-lhe o sofrimento, mas foi surpreendido por Lestat, que ironicamente riu de seu drama, fazendo-o fugir dali, mas seguindo seu rastro, Lestat o encontra e levando-o de volta para seus aposentos ele mostra-lhe um presente, a garotinha havia sido transformada em vampira.
Cláudia, Louis e Lestat formam um trio sombrio e por um tempo puderam viver em paz, até que a inocência de Cláudia foi se dissipando e sua mentalidade amadurecendo, mas sem nunca mudar seu corpo, fazendo-a criar discuções extremamente filosóficas sobre o assunto e no ódio cortou a garganta de Lestat e com a ajuda de Louis o jogaram aos crocodilos.
A partir dai, Louis e Cláudia decidem viajar a Paris, em busca daqueles que são iguais a eles, mas uma súbita aparição de Lestat os fazem se apressar, queimam a casa com ele dentro e o fogo se arrasta por toda New Orleans e do navio veem a cidade queimar com Lestat dentro dela, acreditando definitivamente que agora ele está mesmo morto.
Chegando a Paris encontram Santiago, um vampiro inicialmente mudo e irritante que brinca com Louis e o enche de ódio, mas então conhecem Armand, um vampiro infinitamente mais velho que Lestat e este lhes convida para uma apresentação no Teatro dos Vampiros.
O teatro dos vampiros os surpreende em diversos sentidos, pessoas humanas frequentam o teatro, onde os vampiros reais no palco, criam peças irônicas onde interpretam humanos fingindo que são vampiros e na apresentação em questão, matam uma jovem na frente de todos que acham que tudo é uma encenação.
Armand protege Louis, mas os demais vampiros sabem do crime que ele e Lestat cometeram ao transformar Cláudia em vampira, pois é plenamente proibido dar o dom das trevas a uma criança e apesar das ordens plenas de Armand para deixa-los em paz, eles trancam Louis em um caixão de ferro de ponta cabeça e exibem Cláudia ao sol, matando-a.
Armand liberta Louis, mas Cláudia está morta e para vingar-se, Louis massacra todos os vampiros do teatro com fogo e decapita-os com uma foice, dando adeus ao teatro, Louis e Armand partem juntos para o mundo e tornam-se companheiros, mas logo cada qual segue seu caminho e séculos se passam, Louis ve o desenvolvimento do mundo ao seu redor e quando menos espera encontra Lestat, completamente acabado e o abandona para sempre, foi então que encontrou o repórter, que por encanto pede a Louis que o transforme, mas Louis o apavora e foge.
Entrevista com o vampiro é um romance de pura filosofia sobre a existência do ser, cheio de sombras e perfeição gótica e foi adaptado para o cinema em uma super produção em 1994, em que Brad Pitt interpreta Louis de Pointe du Lac, Tom Cruise interpreta Lestat de Lioncourt e Kristen Dunst interpreta Cláudia. Essa adaptação estourou em bilheteria e até hoje permanece como símbolo do goticismo, mas que decepcionou em sua continuação intitulada: A rainha dos condenados, em que junta os dois livros posteriores a Entrevista com o vampiro (O vampiro Lestat e A rainha dos condenados) em um único filme, estrelando Stuart Townsend no papel de Lestat e Louis é cortado do elenco da história (o que me fez arrancar os cabelos), mas antes de começar a xingar aqui (coisa que vou fazer em outra ocasião) vou dar logo minhas rosas.

ROSAS PARA O LIVRO: Como disse, é o melhor do gênero, dou 10 rosas vermelhas ao livro.
ROSAS PARA O FILME: O filme é ótimo, no entanto, deixou vago alguns elementos do livro que tem grande importância, por tanto dou 8 rosas vermelhas ao filme.

OBS.: A rainha dos condenados vou avaliar quando resenhar esse livro e apesar de ter ter citado alguns elementos do filme, não vou dar rosas por enquanto.



Até a próxima!

2 comentários:

  1. Igor,
    Concordo com você. Absolutamente ninguém escreve sobre vampiros tão bem quanto Anne Rice.
    Ai, Lestat, eterno príncipe da ambiguidade, pra mim ele é o vampiro mais fascinante de todos os tempos. E honra seus instintos como nenhum outro.
    Beijo,
    Sandra

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  2. Voce disse o que me faltou dizer kk
    O meu querido principe moleque, nossa é meu vampiro preferido!
    O intocável.
    Ainda bem que consegui ser claro aqui kk quase não soube o que escrever e acabei falando a história toda do livro rsrs
    mas obrigado pelas palavras minha querida Sandra, voce é um amor de pessoa ^.^
    Beijos!!

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