quinta-feira, 30 de maio de 2013

Gostinho doce de sangue

Se existe motivos para eu ter começado a amar vampiros, Flávia Muniz está próximo ao primeiro lugar nessa classificação. Lembro de mim mesmo aos 11 ou 12 anos (não recordo exatamente), um garoto "normal", que não ficava sem um livro na mão, ao invés de jogar futebol com os moleques da rua, ou andar de bicicleta, eu passava boa parte do meu tempo nas bibliotecas e devorava um livro atrás do outro, chegava a devolver livros enormes no dia seguinte em que os retirava, livros de aventura como Harry Potter, Peter Pan e Wendy, Alice no país das Maravilhas etc, já havia quase esgotado a área infanto-juvenil quando ele veio a mim, por acaso, eu já estava no corredor de jovens-adultos e já havia pegado alguns livros de Agatha Christie e Sr. Artur Conan Doyle para ler, mas então eu o vi, fiquei puto da vida pois acreditava ter lido todos os infanto-juvenis daquela biblioteca e no mesmo instante eu troquei de corredor e o peguei nas mãos, Os Noturnos: Flávia Muniz, dizia a capa escura com letras vermelhas que me chamou muito a atenção, lembro de me demorar acariciando aquela capa, eu sou assim, gosto de apreciar a embalagem, me torturar um pouquinho com a curiosidade, para depois me deliciar com o conteúdo. De vampiros eu já havia lido alguns livros, mas poucos e nenhum deles até então havia me encantado da maneira como esse veio a encantar, posso dizer que Os Noturnos foi o primeiro romance que me levou a uma atmosfera verdadeiramente vampiresca, sombria, gótica e com um gostinho doce de sangue, pois os outros livros que li sobre o tema eram narrativas simples e tratavam o vampiro como uma figura amiga e inofensiva, mas esse livro não, Flávia Muniz nos apresenta o vampiro clássico que tanto vemos em filmes antigos como Drácula, Entrevista com o Vampiro ou Garotos Perdidos, esse foi o livro que me mostrou como um vampiro vive em constantes batalhas internas e também com os outros de sua espécie e polemicamente esse livro nos surpreende com elementos que normalmente não encontramos em livros infanto-juvenis como sexo, assassinato com extrema frieza e suicídio.
É um livro de extrema qualidade e eu pessoalmente o recomendo a todos (É SÉRIO!! LEIAM, LEITURA OBRIGATÓRIA, SE PREZAM UM BOM LIVRO LEIAM OS NOTURNOS!!!) mas já faz tanto tempo que o li que não há mais muito o que dizer ( :c ), vou comprar um exemplar novo para mim para poder reviver essa história novamente e relembrar a infância e quem sabe escrevo novamente sobre a experiência que tive lendo-o agora, depois de tantos anos ( ^_~ ), mas enfim, é isso meus amigos, este foi um texto pequeno (O que é incomum), mas foi feito com carinho e agora só falta dar minhas rosas:
ROSAS PARA OS NOTURNOS:
O que posso dizer? Foi o meu primeiro gótico, 10 rosas vermelhas!!

Flávia Muniz (ou Grande Dama, como alguns a chamam) é natural de Franca e é graduada em pedagogia, escreve para crianças e jovens a mais de vinte anos, Os Noturnos foi seu décimo quinto livro, originalmente publicado em 1995 (Oh! O ano em que nasci!) e foi o livro que a levou a altos patamares, sendo sua obra mais famosa e também foi classificada como a quarta obra infanto juvenil mais lida pela revista Veja/SP.
Até a próxima!


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