quinta-feira, 30 de maio de 2013

Gostinho doce de sangue

Se existe motivos para eu ter começado a amar vampiros, Flávia Muniz está próximo ao primeiro lugar nessa classificação. Lembro de mim mesmo aos 11 ou 12 anos (não recordo exatamente), um garoto "normal", que não ficava sem um livro na mão, ao invés de jogar futebol com os moleques da rua, ou andar de bicicleta, eu passava boa parte do meu tempo nas bibliotecas e devorava um livro atrás do outro, chegava a devolver livros enormes no dia seguinte em que os retirava, livros de aventura como Harry Potter, Peter Pan e Wendy, Alice no país das Maravilhas etc, já havia quase esgotado a área infanto-juvenil quando ele veio a mim, por acaso, eu já estava no corredor de jovens-adultos e já havia pegado alguns livros de Agatha Christie e Sr. Artur Conan Doyle para ler, mas então eu o vi, fiquei puto da vida pois acreditava ter lido todos os infanto-juvenis daquela biblioteca e no mesmo instante eu troquei de corredor e o peguei nas mãos, Os Noturnos: Flávia Muniz, dizia a capa escura com letras vermelhas que me chamou muito a atenção, lembro de me demorar acariciando aquela capa, eu sou assim, gosto de apreciar a embalagem, me torturar um pouquinho com a curiosidade, para depois me deliciar com o conteúdo. De vampiros eu já havia lido alguns livros, mas poucos e nenhum deles até então havia me encantado da maneira como esse veio a encantar, posso dizer que Os Noturnos foi o primeiro romance que me levou a uma atmosfera verdadeiramente vampiresca, sombria, gótica e com um gostinho doce de sangue, pois os outros livros que li sobre o tema eram narrativas simples e tratavam o vampiro como uma figura amiga e inofensiva, mas esse livro não, Flávia Muniz nos apresenta o vampiro clássico que tanto vemos em filmes antigos como Drácula, Entrevista com o Vampiro ou Garotos Perdidos, esse foi o livro que me mostrou como um vampiro vive em constantes batalhas internas e também com os outros de sua espécie e polemicamente esse livro nos surpreende com elementos que normalmente não encontramos em livros infanto-juvenis como sexo, assassinato com extrema frieza e suicídio.
É um livro de extrema qualidade e eu pessoalmente o recomendo a todos (É SÉRIO!! LEIAM, LEITURA OBRIGATÓRIA, SE PREZAM UM BOM LIVRO LEIAM OS NOTURNOS!!!) mas já faz tanto tempo que o li que não há mais muito o que dizer ( :c ), vou comprar um exemplar novo para mim para poder reviver essa história novamente e relembrar a infância e quem sabe escrevo novamente sobre a experiência que tive lendo-o agora, depois de tantos anos ( ^_~ ), mas enfim, é isso meus amigos, este foi um texto pequeno (O que é incomum), mas foi feito com carinho e agora só falta dar minhas rosas:
ROSAS PARA OS NOTURNOS:
O que posso dizer? Foi o meu primeiro gótico, 10 rosas vermelhas!!

Flávia Muniz (ou Grande Dama, como alguns a chamam) é natural de Franca e é graduada em pedagogia, escreve para crianças e jovens a mais de vinte anos, Os Noturnos foi seu décimo quinto livro, originalmente publicado em 1995 (Oh! O ano em que nasci!) e foi o livro que a levou a altos patamares, sendo sua obra mais famosa e também foi classificada como a quarta obra infanto juvenil mais lida pela revista Veja/SP.
Até a próxima!


terça-feira, 28 de maio de 2013

Melado e purpurina.

A saga crepúsculo foi para mim uma decepção, sério! Não espere uma boa crítica (risos maléficos). Sendo eu um amante dos vampiros, da aura gótica em torno deles, do romantismo em ser um condenado a vagar pelas trevas eternamente sem poder nunca mais amar alguém, do simbolismo oculto que há em toda sua mitologia, de seus hábitos selvagens e de seu jeito maléfico de ser. Vem Stephenie Meyer e escreve Crepúsculo, uma história que sem dó nem piedade pisa em tudo o que citei anteriormente e cospe em cima, mudando completamente nossa querida lenda vampiresca, trocando-a por algo fútil e sem graça nenhuma, mas que atraiu as meninas do mundo todo e lhes deu esperanças e visões erradas do que poderia vir a ser um vampiro e isso me deixou PUTO da vida, pois depois dos vampiros de Meyer, Drácula, Lestat e tantos outros clássicos foram deixados de lado e trocados pelos sensíveis e quase indestrutíveis vampiros que não queimam ao sol.
Crepúsculo conta uma história semelhante ao estilo de 50 Tons de cinza (sendo 50 tons livremente baseado em crepúsculo), sua personagem principal é a insegura, tapada e virgem Isabella Swan, que aos 17 anos nunca teve um namorado ou pretendente. Após sua mãe casar novamente, ela diz adeus ao ensolarado Arizona e vai viver com seu pai, na nevoada e chuvosa cidadezinha de Forks em Washington, perto da fronteira com o Canadá e lá, onde todos parecem se conhecer, ela pensou que teria a vida mais intediante de todas, mas então vem Edward, um rapaz que só veste roupas claras, assim como sua família, onde todos são adotados, mas que todos tem olhos dourados (com licença, se isso é vampiro eu vou vomitar e já volto), ela se derrete toda pelo anti-social Edward, mas ele a ignora completamente e isso só o torna uma obceção para ela, que depois de acontecimentos estranhos e completamente óbvios, ela percebe o que ele é e o força a revelar para ela (Oh meu Deus!!! Ele é um vampiro!!!), ook, ele é um vampiro, mas que tipo de vampiro, referente a qual lenda? qual mito? NENHUM!!! Ele NÃO é um vampiro, o idiota não tem presas, não caça seres humanos, não dorme durante o dia, os vampiros de Meyer nem mesmo dormem, eles ficam acordados eternamente e acima de tudo, o que mais me insultou e o que me deuxou mais pudo do que qualquer coisa: ELES NÃO QUEIMAM AO SOL!!!! Mas então por que eles vivem na cidade onde não há sol? voces me perguntam, é simples, eles não queimam ao sol, mas eles BRILHAM!!! É isso mesmo que voce leu, eles BRILHAM AO SOL!!! a pele deles parece purpurina, eles brilham feito fadas (desculpe pela ofensa as fadas), entenderam? Eles não são vampiros, isso não é vampiro, mas ook, vamos continuar.
Bella fica completamente seduzida e besta e por mais que ele diga que é "perigoso" namorar ele, ela manda ele ir se foder e não ta nem ai (figuradamente né, ela é comportada, nunca diria um palavrão), mas sendo assim ele aceita e leva ela para conhecer o covil dos vampiros (sua casa), uma casa aberta e completamente de vidro, muito clara e absolutamente o que normalmente seria um nojo para vampiros reais como Lestat, e a família dele é igualzinha a ele, brilhantes, amorosos e medrósos.
Mas então vem uma açãozinha para animar, mas nem isso salva a história: em um acidente num jogo de Baseboll, vampiros selvágens e nômades de olhos vermelhos se sentem desejado pela irritante humana Bella e para um deles, James, que segundo o livro é um rastreador, ela se torna uma obsceção e ele começa a caçá-la constantemente, mas Edward lê mentes e percebe o que ele planeja e junto com a familia pretendem matá-lo. Perfeito, continuasse assim o resto do livro, mas nas cenas de tortura e sangue, a maldita narrativa de Bella desmaia e quando acorda está num hospital e lhe contam o que aconteceu. Palmas para Stephenie Meyer, conseguiu acabar com o melhor do livro do mesmo modo que acabou com o resto! PALMAS!!!
Crepúsculo tambem teve sua adaptação hollywoodiana em 2008 pelas mãos da até então não muito popular Catherine Hardwicke (que também dirigiu A garota da capa vermelha), no filme, muita coisa muda, mas apenas detalhes, a história permanece a mesma e Bella permanece a mesma tonta de sempre, ainda mais enfatizada para esse ponto por ser interpretada pela inexpressiva Kristen Stewart e Edward é interpretado por Robert Pattinson, que durante todo o longa permanece com aquela cara de besta e de gay (desculpe a ofença aos gays), sério, o filme consegue ser pior do que o livro, é um drama sério, mas da pra chorar de tanto rir se voce assistir com um olhar crítico, mas enfim, vamos logo as rosas não é?
LIVRO:Vou ser misericordioso, pois vendeu bastante, mas da minha opinião achei péssimo. 6 rosas vermelhas.
FILME: 5 rosas vermelhas por motivos já citados.





Até a próxima!

domingo, 26 de maio de 2013

Um pouco de propaganda não faz mal



Kizzy Ysatis, amigo intimo do meu professor de faculdade (Carlos Andrade), foi o primeiro autor brasileiro a ganhar o premio Rachel de Queiroz com um romance sobre vampiros, então meus camaradas,o livro tem que ser foda e após anos, Kizzy está relançando esse livro que por acaso é também seu livro de estréia, mas agora ele está maior, com ilustrações feitas pelo próprio autor e revisado por ele mesmo, com passagens inéditas e cenários muito criativos e sensuais.
Kizzy é conhecido por sua criatividade poética e sombria, sendo ele um escritor gótico que a mim lembra muito Anne Rice. Não deixe de ir a esse lançamento e de conferir outras obras do autor também, como: A tríade, O diário da sibila rubra, Território V - Vampiros em guerra e O mistério do rio das rosas brancas, todos com excelente qualidade literária e recomendadissímos por mim, aproveitem.

O lançamento será no dia 15 de Junho, no Espaço Terracota, Av. Lins de Vasconcelos, 1886, Vila Mariana em São Paulo.

Das 18h às 22h

ENTRADA FRANCA!!!

Espalhem essa notícia e nos vemos lá.
Até a próxima!







                             
                          

Grito de guerra!

Grito de guerra! – Poema épico de Igor Maion


Ao inferno com as
regras escritas,
não nascemos para obedecer,
se o paraíso perecer,
será por nossas mãos o sangue derramado.

Do Diabo a guerra traz.
De Deus eu trago  paz .
Fogo e gelo
até não restar nada!

Venham a luz, oh criaturas ingênuas,
escolham para que lado lutar.
Por sua disputa sangrenta apelamos a vós.

Espadas em punho!
Fogo nos olhos e
gelo no coração.

Acabem com tudo!
Ganhem nossa honra!
O mal e o bem de volta a terra!
Vamos fazer nosso próprio mundo,
pois o mundo é nossa agora!

sábado, 25 de maio de 2013

Continuando as aventuras do Príncipe-Moleque...

Era uma vez um príncipe-moleque que jamais cresceria, que ficaria sempre do mesmo jeito, um ser que consegue alçar voo, hipnotizar, lhe dar sonhos mesmo estando acordado, mas acima de tudo, esse príncipe sabe como matar.
Alguém ai tem algum palpite de quem possa ser esse príncipe-moleque?
"Não.."
"Não, mas chegou perto".
"Nossa de onde você tirou isso?"
"Misericórdia! Peter Pan? Hahaha passou longe!"
"Ok, desistem?"
"Não?"
"Quem disse isso?"
"Você ai atrás, fale de novo".
- Lestat!
"Perfeito!"
"Até que enfim alguém acertou!" 
Lestat, o príncipe da ambiguidade, o príncipe-moleque que de uma forma ou de outra agrada todo mundo e que após o sucesso de "Entrevista com o vampiro" ganhou um volume só seu. No fim da narrativa de Louis em "Entrevista...." ele descreve seu ultimo encontro com Lestat que está sob os cuidados de um criado, não podendo se alimentar sozinho e a beira da morte, mas Louis o abandona, depois disso, Lestat adormece no sono dos vampiros e passa anos nesse estado de morte, até que ouve o som de uma banda de gothic metal tocando em uma casa perto de seu túmulo e isso o desperta, as canções melancólicas que falam a verdade sobre o mundo de uma forma sensível e no mesmo instante ele descobre que quer fazer parte dessa banda, fazê-los crescer e com essa ideia ele emerge da terra, descobrindo o mundo a sua volta e descobre que ele já era famoso, pois vê sua história escrita e imprimida em um livro por narração de Louis, entitulado "Entrevista com o vampiro" e aproveita essa imagem para fazer publicidade e ser ele mesmo, mas com o público acreditando que é apenas uma fantasia, entrando para a banda e contando sua história nas canções.
Mas Lestat não está satisfeito, não, nunca nada é o bastante para ele, ele quer mais, mais e mais e para isso, decidiu seguir o exemplo de Louis e escrever sua história em um longo volume que ele entitulou de: A educação inicial e aventuras do vampiro Lestat" em que ele descreve tudo, desde seus ensinamentos com monges no século XVIII, como caçava lobos e como foi transformado contra sua vontade por um vampiro ancião, que logo após se destruiu pelo fogo, deixando-o herdeiro da casa e sem nenhum encinamento, pelos quais teve que aprender sozinho e por instinto.
Essa narrativa é a que compõe o livro grosso de 468 páginas que comprei pelo site da Saraiva, mas que diferente de "O caminho do poço das lágrimas" (que atrazou 20 dias inteiros para chegar) este livro chegou com dois dias antecipados, mas que não durou nas minhas mãos, eu o li inteiro em uma semana, é um livro extremamente divertido e sensível, os personágens como sempre são eloquentes e profundos e é aqui que sabemos a história de Lestat antes de Louis ou de Cláudia, aqui vemos como Armand foi encontrado por Lestat, vivendo em um cemitério em Paris, como ele transformou sua própria mãe em vampira e como esta veio a ser sua companheira, até que transformou também seu amigo Nicolas, que foi o fundador do teatro dos vampiros, mas que foi morto por Armand em um ataque de fúria, é um livro arrebatador, com todo o Savoir-vivre ao longo dos tempos, descobrindo por si só o sabor do êxtase e do significado de sua sombria imortalidade.
Como já disse anteriormente, este livro não foi bem aproveitado para o cinema, não tendo a supervisão de Anne Rice como em Entrevista.... este livro foi descartado de uma produção individual e foi filmado junto a "A rainha dos condenados", o que me deixou puto da vida, pois esse livro tem uma história fantastica e na produção Hollywoodiana eles somente trazem a história de Lestat através de flaches de memória e focam completamente o enredo em A rainha dos condenados, mas em breve falarei mais sobre A rainha... vou dar logo minhas rosas (dãã) mais que óbvias, mas hoje tenho algumas objeções.
ROSAS PARA LESTAT: É um belo livro, com passagens emocionantes, sensíveis e perturbadoras, mas tem algo nele que me desagradou: O fim, ele não é como o resto das crônicas vampirescas, que permite o leitor ler qualquer livro em qualquer ordem, o fim desse livro não tem conclusão, sendo ele o fim em um massacre num de seus shows de rock e Lestat e Louis (que aparece e volta a ser seu companheiro) sendo salvos por Gabrielle (vampira e mãe de Lestat), Anne Rice não explica exatamente quem fez o massacre, sendo que somente aqueles que lerem A ranha dos condenados iria descobrir que foi os poderes de Akasha (a rainha dos condenados) que causou tudo aquilo e isso me decepsionou um pouco, mas minhas rosas são altas, pois ainda é um livro que eu super recomendo a qualquer leitor interessado em ler boa literatura e viver uma excelente aventura. 
9 rosas vermelhas.


Até a próxima!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Pensamento diversificado

Brancos - Poema improvisado de Igor Maion


Provas de faculdade se aproximando >.<
Eu me mato de estudar, mas mesmo assim tenho medo dos velhos brancos.
Que atire a primeira pedra quem nunca esqueceu tudo na hora em que olhou para o exame.
Que coçou a cabeça e pensou: "Que porra é essa?".
Que tentou olhar a prova dos alheios a sua volta sem sucesso.
Que tentou usar o cérebro mesmo sabendo que as informações haviam fugido.

Provas de faculdade se aproximando >.<
Eu me mato de estudar, mas mesmo assim tenho medo dos velhos brancos.
Quem nunca temeu as consequencias posteriores?
Quem nunca olhou para o professor buscando encontrar uma enciclopédia tatuada em sua cara?
Quem nunca suou frio num momento como esse?
Quem nunca pediu para ir ao banheiro?
Quem nunca olhou para o relógio cronicamente e torcendo para que o tempo parasse?

"Faltam 10 minutos... Ah foda-se! Não consigo fazer nada"

Provas de faculdade se aproximando >.<
Eu me mato de estudar, mas mesmo assim tenho medo dos velhos brancos.
Vou dormir sem um pingo de sono.
Vou andando até o ponto de ônibus.
Vou de cabeça baixa até a sala de aula.
Provas distribuidas...

"Fodeu!".

domingo, 19 de maio de 2013

O melhor romance sobre vampiros de toda a história!

E 1976, as editoras se lotaram de pedidos de exemplares do mais novo livro que era pedido por todas as livrarias, atenção, era Entrevista com o vampiro que estava nascendo, o primeiro e erótico romance da escritora americana Anne Rice e mal sabia ela que a terapia que encontrou para esquecer a morte da filha jovem, vitima de leucemia, se tornaria um dos mais renomados best-sellers da história, estando no topo de listas de mais vendidos até hoje em todo o mundo e que renderia mais 9 volumes em suas continuações.
Ook, pode ser que eu rasgue seda demais quando falo de Anne Rice aqui, mas nunca escondi de ninguém que ela é minha escritora favorita, não sei, mas existe algo em suas histórias, seu modo de escrever que me encanta até os ossos, principalmente em seu personagem mais famoso, Lestat de Lioncourt, adoro suas narrativas irônicas, admiro muito ela pois não existe preconceito com nenhuma área nos livros de Anne Rice, ela consegue captar cada canto de realidade e ficção, para que todos fiquemos confortáveis, de uma forma ou de outra (detalhe: todos os vampiros homens em livros de Anne Rice são bissexuais, ou seja em cenas de erotismo, pode haver tanto homens com mulheres quando homens com homens, entende o que quero dizer? ela tenta agradar a todos de uma forma doce que é sua narrativa e por mais estranho que possa parecer, ela consegue isso muito bem).
Lembro-me bem de quando ganhei esse livro, só não me recordo ao certo o ano mas creio que foi no ano retrasado (2011), foi em uma época em que tudo o que eu fazia era ler, pois não namorava, não gostava de sair na rua (ainda não gosto), não tinha muito o costume de sair com amigos e de tudo o que passava e passa na TV a maioria é tudo merda, então eu fugia da realidade nos livros de Edgar Allan Poe e Stephen King, eles me divertiam e quando estava com eles eu viajava por horas a fio, em mundos interessantes e sombrios que me faziam vibrar, mas até então eu não tinha lido nada de Anne Rice. Foi quando certa manha meu pai me presenteou com um livro de capa lilás e folhas amareladas, o que indicava que ele era velho (eu adoro isso), eu já tinha ouvido falar de Anne Rice, mas foi ai que eu me apaixonei, estava lendo Amanhecer da saga Crepúsculo na época, não pensei duas vezes, arranquei o marca páginas de Amanhecer e comecei a ler Entrevista com o vampiro no mesmo instante.
É impossível descrever com clareza a riqueza e a vivacidade desse romance, é muito rico em detalhes, além das sombras que nos acompanham como guias durante todas as páginas, este romance é painel de um mundo habitado por seres para quem paixões dilacerantes, mecanismos cruéis de dependência e banhos de sangue são a regra nunca a exceção e por falar em qualidades, o romantismo de Anne Rice encontrou em Clarice Lispector uma tradutora à altura para sua adaptação para o português brasileiro, sendo ela uma interprete sensível, Clarice é uma razão a mais para se ler essa narrativa vampiresca em que a fantasia está solta, mas a realidade espreita viva por trás de gótico, do terror e dos rasgadamente românticos seres da noite.
Entrevista com o vampiro, inicialmente narrado em 3° pessoa, conta o encontro de um caçador de vidas com um caçador de almas, o repórter e o vampiro, o repórter independente segue o vampiro Louis de Pointe du Lac por acha-lo interessante, diferente, mas sem nunca suspeitar de sua verdadeira natureza, Louis, decide por si só não mata-lo, pois sendo solitário quer contar sua história, para então ficar livre para fazer o que quisesse.
 Após o susto inicial, Louis prova ao repórter seu verdadeiro ser, mas explica que não tem nada a temer, que se ele quisesse escutar, ele contaria toda a sua trajetória através dos séculos até aquele momento. E então começa a história, Louis narra tudo desde quando era um jovem de 25 anos, herdeiro de terras e como entrou em uma depressão profunda após perder irmão, após isso ele quis morrer, ele ansiava pela morte, queria perder tudo, passou a beber e apostar, enfrentando a morte de cara a cada vez que ela vinha até ele, mas com essa valentia, ele não esperava chamar a própria morte para o seu encontro.
Lestat de Lioncourt era um vampiro cruel e solitário, com mais de cem anos nessa época, procurava um parceiro para ensinar e fazer-lhe companhia, mas o Dom das trevas não é facilmente concedido a qualquer um, deve-se escolher com cuidado e a ansia de Louis pela morte chamou a atenção de Lestat, fazendo de Louis um escolhido. Em uma noite, Lestat o seguiu e alçando voo ele o mordeu, largando-o desacordado na margem do rio Mississipe, entre a vida e a morte, a partir de então Louis não podia mais comer nada sem enjoar, a água tinha gosto de esgoto e ele adoeceu facilmente, foi então que Lestat veio-lhe fazer a bela proposta que ele aceitou, sob a promessa de Lestat que nada mais ele precisaria sentir após ser como ele, nenhum sofrimento, nenhuma dor, nada de ruim lhe aconteceria e assim começa a jornada dos vampiros através do tempo.
Mas o que Lestat havia prometido não se cumpre facilmente, Louis passa a refletir sobre sua existência e a vida de cada um daqueles que matava, passou a se alimentar apenas de ratos e a lamentar pelos cantos até que perambulando pelas ruas encontrou uma casa onde uma menina havia perdido a mãe pela peste e certamente morreria se continuasse ali, sendo assim, Louis decidiu se alimentar dela, para poupar-lhe o sofrimento, mas foi surpreendido por Lestat, que ironicamente riu de seu drama, fazendo-o fugir dali, mas seguindo seu rastro, Lestat o encontra e levando-o de volta para seus aposentos ele mostra-lhe um presente, a garotinha havia sido transformada em vampira.
Cláudia, Louis e Lestat formam um trio sombrio e por um tempo puderam viver em paz, até que a inocência de Cláudia foi se dissipando e sua mentalidade amadurecendo, mas sem nunca mudar seu corpo, fazendo-a criar discuções extremamente filosóficas sobre o assunto e no ódio cortou a garganta de Lestat e com a ajuda de Louis o jogaram aos crocodilos.
A partir dai, Louis e Cláudia decidem viajar a Paris, em busca daqueles que são iguais a eles, mas uma súbita aparição de Lestat os fazem se apressar, queimam a casa com ele dentro e o fogo se arrasta por toda New Orleans e do navio veem a cidade queimar com Lestat dentro dela, acreditando definitivamente que agora ele está mesmo morto.
Chegando a Paris encontram Santiago, um vampiro inicialmente mudo e irritante que brinca com Louis e o enche de ódio, mas então conhecem Armand, um vampiro infinitamente mais velho que Lestat e este lhes convida para uma apresentação no Teatro dos Vampiros.
O teatro dos vampiros os surpreende em diversos sentidos, pessoas humanas frequentam o teatro, onde os vampiros reais no palco, criam peças irônicas onde interpretam humanos fingindo que são vampiros e na apresentação em questão, matam uma jovem na frente de todos que acham que tudo é uma encenação.
Armand protege Louis, mas os demais vampiros sabem do crime que ele e Lestat cometeram ao transformar Cláudia em vampira, pois é plenamente proibido dar o dom das trevas a uma criança e apesar das ordens plenas de Armand para deixa-los em paz, eles trancam Louis em um caixão de ferro de ponta cabeça e exibem Cláudia ao sol, matando-a.
Armand liberta Louis, mas Cláudia está morta e para vingar-se, Louis massacra todos os vampiros do teatro com fogo e decapita-os com uma foice, dando adeus ao teatro, Louis e Armand partem juntos para o mundo e tornam-se companheiros, mas logo cada qual segue seu caminho e séculos se passam, Louis ve o desenvolvimento do mundo ao seu redor e quando menos espera encontra Lestat, completamente acabado e o abandona para sempre, foi então que encontrou o repórter, que por encanto pede a Louis que o transforme, mas Louis o apavora e foge.
Entrevista com o vampiro é um romance de pura filosofia sobre a existência do ser, cheio de sombras e perfeição gótica e foi adaptado para o cinema em uma super produção em 1994, em que Brad Pitt interpreta Louis de Pointe du Lac, Tom Cruise interpreta Lestat de Lioncourt e Kristen Dunst interpreta Cláudia. Essa adaptação estourou em bilheteria e até hoje permanece como símbolo do goticismo, mas que decepcionou em sua continuação intitulada: A rainha dos condenados, em que junta os dois livros posteriores a Entrevista com o vampiro (O vampiro Lestat e A rainha dos condenados) em um único filme, estrelando Stuart Townsend no papel de Lestat e Louis é cortado do elenco da história (o que me fez arrancar os cabelos), mas antes de começar a xingar aqui (coisa que vou fazer em outra ocasião) vou dar logo minhas rosas.

ROSAS PARA O LIVRO: Como disse, é o melhor do gênero, dou 10 rosas vermelhas ao livro.
ROSAS PARA O FILME: O filme é ótimo, no entanto, deixou vago alguns elementos do livro que tem grande importância, por tanto dou 8 rosas vermelhas ao filme.

OBS.: A rainha dos condenados vou avaliar quando resenhar esse livro e apesar de ter ter citado alguns elementos do filme, não vou dar rosas por enquanto.



Até a próxima!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cômico e original de uma forma inusitada.

Essa é para os que acham meu blog cansativo, "a letra é pequena" vocês dizem, "você escreve textos muito longos" e blá blá blá... ook já entendi, meus resumos e resenhas são grandes, mas eis aqui uma solução! Um livro tão genial que me deixou de boca aberta e que eu superindico para vocês!
90 livros clássicos para apressadinhos NÃO é um monte de resumos um atrás do outro como vocês possam ter pensado que é, esse é um livro fino, com informações diretas sobre os livros originais e resume cada um dos 90 livros em uma página cada um, em formato de quadrinhos, quatro quadros por página. Duvida? então confere, vai ver que não estou brincando, quatro quadros para resumir livros clássicos em formato direto e bem humorado, simplesmente adorei.
Peguei esse livro com minha colega de faculdade Sandra, a japinha gente boa que eu adoro (Obrigado Sandra) ela é um amor de pessoa gente! E é grande amiga da escritora Angie Stanley, que recentemente me encantou com um livro chamado: Uma segunda chance, e também ri muito quando ela apresentou um texto de muito bom humor no Sarau da faculdade em que um torcedor do Corinthians do século 21, falador de gírias e malandro é transportado sabe lá Deus como para dentro do livro de Romeu e Julieta e tenta salvar os dois, falando com Romeu sobre o plano de Julieta para ambos ficarem juntos, mas você acha que dois seres de épocas tão diferentes conseguem se entender? Hahaha só vendo mesmo meu amigo, acontece uma confusão de magnitudes inimagináveis, mas no fim tudo se resolve, não lembro exatamente o nome do conto mas se eu encontrar posto aqui para vocês e se encontrarem me dão um toque? Valeu!
Mas voltando a falar de 90 clássicos, não demorei nem uma hora para terminar o livro e quando acabei foi como tantos outros livros maravilhosos que não duram em minhas mãos, eu o fechei, respirei fundo e acariciei sua capa, é assim com os bons livros e sempre será, é o meu método para saber sua qualidade e esse é dos melhores. Mas enfim, vou logo dar minhas rosas óbvias:
ROSAS PARA 90 CLÁSSICOS PARA APRESSADINHOS: Mais do que óbvio, dou 10 rosas para casa um dos resumos desse livro! ;) é perfeito.
Até a próxima!

 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sadomasoquismo? Tem certeza?

Já citei sadomasoquismo neste blog (leitores novatos não se espantem!), no post em que falo sobre a trilogia erótica da Bela Adormecida, escrita por Anne Rice, faço uma pequena comparação com o erotismo da trilogia 50 tons de E. L. James e como falei anteriormente no post da Bela, a trilogia 50 tons não é o que todos dizem e realmente é uma narrativa muito fraca, mas logo explicarei mais sobre isso, falemos um pouquinho agora sobre a história:
Anastácia Steele é uma fracassada, nunca teve uma vida amorosa duradoura e ela é do tipo que deixa que as pessoas montem em suas costas e se aproveitem, atualmente com 21 anos ela é virgem, tímida e estupidamente romântica (não que romance não seja bom, mas ela vai a um nível que chega a ser ridículo), estuda Letras na universidade de Seattle e divide um quarto com sua descolada e completamente oposta amiga Kate, ook, existem pessoas nessas situações, apesar de Ana me dar raiva com sua narrativa inocente e estúpida, mas o que faz a história não é ela e muito menos Kate, o ponto chave da história é o príncipe encantado (desculpa, história errada kk), Christian Grey, o bilionário excêntrico, faz parte de outro mundo, não tem nada a ver com Ana, mas por uma gripe de Kate (que iria entrevista-lo) Ana vai em seu lugar e ao passar pela porta da sala de Grey, tropeça e cai de quatro (risos para essa cena), não tem como não rir, é ridículo colocar algo assim numa história, mas vendo o lado positivo, essa não é uma história de romance comum, então ao invés de ser como Crepúsculo (em que os olhos do predador se encontram com os olhos da presa e se encanta) os olhos do predador se encontram com o traseiro da presa e se encanta (mais risos), a partir dai um se torna uma obsessão para o outro, apesar de Grey a ignorar por completo e ela constantemente se derreter para ele de uma forma que chega a ser digna de uma piriguete, mas enfim, logo eles se abrem um para o outro (em todos os sentidos da palavra) e ela descobre que ele não é um simples homem (pelo amor de Deus, não, ele não é um vampiro), Christian Grey é um dominador sadomasoquista e quer que Ana seja sua submissa, mas para pensar nisso ela enrrola o livro todo, descobrindo e pesquisando sobre esse universo sensual e misterioso que chega a assustá-la, mas que a atrai de certo modo.
Ook, agora que você já sabe detalhes da história, vamos a termos técnicos: Em primeiríssimo lugar, por que a protagonista tem que ser tão ingénua? Qual é? uma mulher inteligente é proibido? Bem, isso me irritou, irritou pra valer, pois com Ana sendo tão burra, fragilzinha e indefesa, é difícil uma ação ou reviravolta inesperada, pois a partir do momento em que ela se une a Christian, ela se torna totalmente dependente dele para tudo e por que ele tem que ser tão perfeito? não existe pessoas assim! pelo menos um defeito ele tem que ter além de cicatrizes no peito que ela acha sexy. Em segundo lugar, a história ta óbvia demais, não tenho especialização para julgar mas acredito que qualquer um que ler com atenção poderá concordar comigo e principalmente quem leu Crepúsculo, a autora dessa trilogia baseou tudo em Crepúsculo então isso ta no mesmo ritmo, fragilzinha encontra ser dominador e misterioso com segredos de arrepiar, ele ignora ela, ela insiste, ele revela segredo, ela se une a ele com um tanto de medo, ela deseja o universo dele, ele teme sua segurança e felicidade, ela não ta nem ai (foda-se o mundo) etc... E para finalizar, eu não dou bons créditos a essa trilogia, e comparando-a com a trilogia de mesmo tema de Anne Rice, essa fica perdendo feio, pois a trilogia da Bela Adormecida fala sobre o verdadeiro sadomasoquismo, o cruel, o sanguinário, o real! Em 50 tons ele tem dó dela, tem medo de machuca-la, que tipo de dominador é esse? Ah chega, vou dar minhas rosas e vocês tirem suas próprias conclusões.
ROSAS PARA A TRILOGIA 50 TONS: Dou a essa trilogia erótica 5 rosas vermelhas por motivos já citados.
Até a próxima!





A trilogia completa

Inocência e destino em uma jornada inesperada.

Autor de livros célebres e famosos por conter terror suspense e vampiros, tais como Os sete, Bento, A noite maldita etc, André Vianco se separa um pouco de sua aura vampiresca e sanguinária para criar esse romance infanto-juvenil para o qual dedicou a suas três filhas e também a seu afilhado que faleceu prematuramente. Mas continuando, O caminho do poço das lágrimas foi o primeiro livro da autoria de André Vianco que li na vida, durante meus dois últimos anos de escola todos falavam dele, era o autor brasileiro mais querido entre os jovens de 14 a 19 anos ao meu redor e me condenavam cruelmente por não ter lido nenhuma de suas histórias, no entanto, eu sabia bem quem ele era, eu havia participado da Noite do Terror, um evento do antigo parque de diversões Playcenter, do qual o ano de 2009 foi baseado nos romances de Vianco, intitulando-se A Noite Maldita e a partir dessa noite me dei conta do qual grandiosa vem a ser a imaginação desse escritor, mas em especial, um pedaço desse evento, baseado no livro O caminho do poço das lágrimas foi o que mais me chamou a atenção, tanto por seu ar sombrio, quanto por sua inocência em detalhes e som, o pequeno espaço dedicado a esse livro era um local grotescamente encantador e mesmo sem nunca ter lido esse livro, eu sabia que era uma boa história.
 Posteriormente, já encantado por todo esse universo Vianiano eu passei a pesquisar sobre os romances e um deles me veio como um tapa na cara dizendo: Sou eu, idiota, me compra logo! (risos) então foi o que fiz, encomendei o livro pela internet do site da Saraiva e para o meu desespero, os 3 dias úteis prometidos não trouxeram o livro já pago, e esses 3 viraram 5, que viraram 10 e se tornaram 20 dias de pura agonia, quando eu já tinha perdido as esperanças, já estava acreditando que o livro não chegaria, até que então o correio chamou ao portão.
 MEU LIVRO HAVIA CHEGADO!!
Saltei de alegria por dentro, ao abrir o pacote azul e tirei o exemplar perfeito de dentro dele, um livro fino, com exatamente 200 páginas e repleto de ilustrações magníficas em estilo simples e sombrio, feitas por Lese Pierre, confesso que não esperava um livro tão fino, tenho mais satisfação em ler livros grandes, desses que não acabam nunca, pois assim, posso viver a aventura por mais tempo, mas mesmo assim não me arrependi de tê-lo comprado e o li em uma única tarde, pois sua linguagem é fácil e te prende a história do pai e dos dois filhos que acordam certa manhã longe do carro no qual passaram a noite e se veem a beira de um caminho interminável e escuro no qual precisam passar para tentar achar o caminho de volta. Certo, você pode estar pensando que é mais uma parafase das Aventuras de Alice ou O mágico de oz, mas não é, a história a cada página toma rumos inesperados e a cada canto aparece uma criatura mais criativa que a outra, esta é uma aventura para todas as idades em que o olhar maduro pode significar mais do que o simples caminho, esse livro é uma lição de lealdade e amor a família, mas que tem um fim surpreendente.
ROSAS PARA O CAMINHO DO POÇO DAS LÁGRIMAS: Dou 9 rosas vermelhas ao romance de André Vianco, meus parabéns pela criatividade, me comoveu e surpreendeu com aquele final, obrigado por essa lição.
Até a próxima!

sábado, 11 de maio de 2013

Terror a moda antiga.

Se existe uma história capaz de te fazer surtar, esta história se chama O Iluminado, do mestre do terror, já citado, Stephen King, que desta vez traz ao leitor uma história de terror a moda antiga, capaz de levar os nervos a loucura e arrepiar até a alma e isso tudo sem fazer nem um mínimo esforço.
O iluminado conta a história da família Torrance, da qual se constitui de três indivíduos: Jack, o marido bêbado e sentimentalmente instável; Wendy, a esposa sensível e chorosa, devotada e preocupada com as atitudes do marido e Danny, o iluminado, filho de seis anos com a cabeça e energia de um ser adulto, capaz de prever o futuro, ver o presente e entrar na mente de outros. Então, se você tivesse esses três personagens nas suas mãos e tivesse a missão de levá-los a loucura, como o faria? Em que cenário? Em que circunstancia?
Bem, Stephen King resolveu coloca-los a prova em uma caixa gigantesca coberta de neve (risos), ook se acalmem, não literalmente uma caixa, mas sim um hotel gigantesco, Jack arrumou um emprego em um hotel de veraneio, desses em montanhas que so abrem no verão pois ao inverno ficam incapacitados de receber alguém pois se cerca com 75 centímetros de neve por todos os lados (sentiu o drama?)
Pois bem, mas so que também eles não estão sozinhos no hotel, por mais que acreditem nisso, Denny pode sentir que não e após falar com o cozinheiro que também tem os mesmos dons que ele, Denny descobre que o Overlook Hotel não é um bom lugar para se ficar isolado. Basta uma semana para os acontecimentos começarem a acontecer, como luzes se acendendo, musica tocando, vozes gritando, sons de tiros e também algo no quarto 217 capaz de levar a curiosidade de Denny ao máximo.
O livro é muito tenso e misterioso, narrado no estilo original que só Stephen King tem e posso confessar uma coisa? joguei o livro para longe em uma certa parte que vou deixa-los na curiosidade, mas não consegui abri-lo por vários dias, só de vê-lo na estante já me perturbava, mas então peguei-o novamente e terminei de lê-lo. A cena clássica de Jack enlouquecido arrebentando a porta do banheiro onde Wendy está escondida ainda me causa arrepios (não essa não é a cena que me assustou), consigo imaginar seus rostos, sus medos, suas fúrias internas, Stephen King consegue descrever bem os sentimentos de todos os presentes e isso é um fator importante em um livro de terror e talvez seja por isso que eu considero este um dos mais arrepiantes que já li.
O iluminado também teve suas adaptações para o cinema e TV, mas confesso que pouco me agradaram, nenhuma conseguiu trazer do livro os elementos de simplicidade e sentimento que tanto aprecio, simplesmente focaram-se nos fantasmas e na loucura de Jack em querer matar a família .
Sua primeira adaptação aconteceu em 1980, dirigido por Stanley Kubrick e foi de tão impacto sobre o público que até hoje em alguns pequenos países este filme permanece proibido e em outros censurado por cenas de nudez explicita, que é uma marca registrada de Kubrick, quem viu Lolita ou Laranja Mecânica sabe do que eu estou falando, o filme levou mais de 22 milhões de dólares em seu orçamento e pouco mais de um ano para ser filmado, mas mesmo depois de tanto trabalho, o filme ganhou o premio amora de ouro de pior diretor (risos) mas, na minha opinião, apesar do caráter fétido deste filme, o grande elenco, a história original, o grotesco e os sustos o tornam uma pérola, assim como Drácula, com Bela Lugosi, é um clássico e deve ser apreciado pelo que é e não pelo que aparenta ser.
Sua segunda adaptação foi roteirizada e produzida pelo próprio Stephen king e foi feita diretamente para a TV, em formato de minissérie em três capítulos de mais de uma hora cada um e que juntos formam um longo filme de mais de quatro horas, eu assisti aos três capítulos sem parar e para mim não foi nem um pouco cansativo, mas apesar de ter tido mais espaço, mais tempo e detalhes que se fizeram mil vazes mais fiel ao livro do que o filme de 1980, ainda assim acredito que poderia ter sido melhor, pois deixaram de lado elementos centrais, onde estão as gêmeas que nos metiam tanto medo? a velha frase de gelar o sangue vinda de Jack ("Olha eu aqui!!"), sinceramente me decepcionei, mas em alguns aspectos esta adaptação foi bem mais realista, nos diálogos por exemplo, eu podia sentir que um assunto inacabado não foi deixado de lado como acontece no filme, eu senti terror, senti medo, suspense, roi as unhas, foi muita doideira durante essas quatro horas e vinte minutos, mas enfim, vou dar logo minhas rosas, mas superecomendo que vocês leiam e vejam as adaptações, vale muito a pena.


LIVRO: 9 rosas vermelhas
FILME: 6 rosas vermelhas
MINISSÉRIE: 8 rosas vermelhas


Até a próxima!