sábado, 11 de maio de 2013

Terror a moda antiga.

Se existe uma história capaz de te fazer surtar, esta história se chama O Iluminado, do mestre do terror, já citado, Stephen King, que desta vez traz ao leitor uma história de terror a moda antiga, capaz de levar os nervos a loucura e arrepiar até a alma e isso tudo sem fazer nem um mínimo esforço.
O iluminado conta a história da família Torrance, da qual se constitui de três indivíduos: Jack, o marido bêbado e sentimentalmente instável; Wendy, a esposa sensível e chorosa, devotada e preocupada com as atitudes do marido e Danny, o iluminado, filho de seis anos com a cabeça e energia de um ser adulto, capaz de prever o futuro, ver o presente e entrar na mente de outros. Então, se você tivesse esses três personagens nas suas mãos e tivesse a missão de levá-los a loucura, como o faria? Em que cenário? Em que circunstancia?
Bem, Stephen King resolveu coloca-los a prova em uma caixa gigantesca coberta de neve (risos), ook se acalmem, não literalmente uma caixa, mas sim um hotel gigantesco, Jack arrumou um emprego em um hotel de veraneio, desses em montanhas que so abrem no verão pois ao inverno ficam incapacitados de receber alguém pois se cerca com 75 centímetros de neve por todos os lados (sentiu o drama?)
Pois bem, mas so que também eles não estão sozinhos no hotel, por mais que acreditem nisso, Denny pode sentir que não e após falar com o cozinheiro que também tem os mesmos dons que ele, Denny descobre que o Overlook Hotel não é um bom lugar para se ficar isolado. Basta uma semana para os acontecimentos começarem a acontecer, como luzes se acendendo, musica tocando, vozes gritando, sons de tiros e também algo no quarto 217 capaz de levar a curiosidade de Denny ao máximo.
O livro é muito tenso e misterioso, narrado no estilo original que só Stephen King tem e posso confessar uma coisa? joguei o livro para longe em uma certa parte que vou deixa-los na curiosidade, mas não consegui abri-lo por vários dias, só de vê-lo na estante já me perturbava, mas então peguei-o novamente e terminei de lê-lo. A cena clássica de Jack enlouquecido arrebentando a porta do banheiro onde Wendy está escondida ainda me causa arrepios (não essa não é a cena que me assustou), consigo imaginar seus rostos, sus medos, suas fúrias internas, Stephen King consegue descrever bem os sentimentos de todos os presentes e isso é um fator importante em um livro de terror e talvez seja por isso que eu considero este um dos mais arrepiantes que já li.
O iluminado também teve suas adaptações para o cinema e TV, mas confesso que pouco me agradaram, nenhuma conseguiu trazer do livro os elementos de simplicidade e sentimento que tanto aprecio, simplesmente focaram-se nos fantasmas e na loucura de Jack em querer matar a família .
Sua primeira adaptação aconteceu em 1980, dirigido por Stanley Kubrick e foi de tão impacto sobre o público que até hoje em alguns pequenos países este filme permanece proibido e em outros censurado por cenas de nudez explicita, que é uma marca registrada de Kubrick, quem viu Lolita ou Laranja Mecânica sabe do que eu estou falando, o filme levou mais de 22 milhões de dólares em seu orçamento e pouco mais de um ano para ser filmado, mas mesmo depois de tanto trabalho, o filme ganhou o premio amora de ouro de pior diretor (risos) mas, na minha opinião, apesar do caráter fétido deste filme, o grande elenco, a história original, o grotesco e os sustos o tornam uma pérola, assim como Drácula, com Bela Lugosi, é um clássico e deve ser apreciado pelo que é e não pelo que aparenta ser.
Sua segunda adaptação foi roteirizada e produzida pelo próprio Stephen king e foi feita diretamente para a TV, em formato de minissérie em três capítulos de mais de uma hora cada um e que juntos formam um longo filme de mais de quatro horas, eu assisti aos três capítulos sem parar e para mim não foi nem um pouco cansativo, mas apesar de ter tido mais espaço, mais tempo e detalhes que se fizeram mil vazes mais fiel ao livro do que o filme de 1980, ainda assim acredito que poderia ter sido melhor, pois deixaram de lado elementos centrais, onde estão as gêmeas que nos metiam tanto medo? a velha frase de gelar o sangue vinda de Jack ("Olha eu aqui!!"), sinceramente me decepcionei, mas em alguns aspectos esta adaptação foi bem mais realista, nos diálogos por exemplo, eu podia sentir que um assunto inacabado não foi deixado de lado como acontece no filme, eu senti terror, senti medo, suspense, roi as unhas, foi muita doideira durante essas quatro horas e vinte minutos, mas enfim, vou dar logo minhas rosas, mas superecomendo que vocês leiam e vejam as adaptações, vale muito a pena.


LIVRO: 9 rosas vermelhas
FILME: 6 rosas vermelhas
MINISSÉRIE: 8 rosas vermelhas


Até a próxima!

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