terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sensibilidade, romance e melancolia

LANÇAMENTO DO LIVRO: UMA HISTÓRIA DE AMOR PARA MARIA TEREZA E GUILHERME
DE ADRIENNE MYRTES

"Maria Tereza buscou a solidão, mas passou a atirar garrafas ao mar para vencer a queixa. Maria Tereza Não entende a direção do vento, as marés, a influência da lua, nem sabe se o braço do mar será seu aliado. Ela apenas lança garrafas, feito quem sorri para um cão que se coça numa esquina. Ou feito quem publica textos na internet.
E Guilherme?" 
- Adrienne Myrtes
Editora Terracota, pouco antes de ficar lotada com o lançamento
Lembro-me exatamente como tudo começou (tenha paciência, esta é a história completa de como conheci as obras de Adrienne Myrtes). Estava noite, chovia muito e todos dormiam, exceto eu, era noite de sexta-feira então eu não tinha pressa para ir dormir, sendo que no sábado eu não tinha nada marcado para fazer e poderia dormir até quando bem desejasse, mas bendita foi aquela noite em que não fui dormir cedo, pois lá estava eu, com fone de ouvido, ouvindo as mais belas melancolias ao solo de guitarra, teclado e bateria, com cinco guias abertas no topo da página do internet explorer e uma delas era o facebook, o qual eu usava com mais frequência no presente momento, estranhamente, eu havia deixado meu perfil com a indicação online (coisa que não costumo fazer nem quando está dia, muito menos de madrugada), mas enfim, estava um tédio e o sono já subia em minhas costas quando um balãozinho subiu no canto inferior direito da tela do meu PC e o espanto nem foi tanto, mas ele existiu quando li o nome de um dos meus escritores brasileiros preferidos, indicado acima do balão: "Kizzy Ysatis". Nessa época, eu já havia escrito a resenha sobre sua mais famosa obra (O Clube dos Imortais - "http://igormaion.blogspot.com.br/2013/08/seguindo-tradicao-gotica-de-anne-rice.html") e eu timidamente, como um fã, já havia mandado esta para ele ler e qual não foi a minha surpresa quando ele declarou publicamente em seu próprio perfil do facebook que adorou o que eu escrevi e que riu muito também com as trapalhadas que descrevi no sufoco para comprar o livro, mas até então, nosso contato não passou disso, até essa noite, quando seu balão de conversa subiu no canto de minha tela, com todo o carisma possível, agradecendo imensamente pela resenha feita e dizendo que gostaria de me conhecer pessoalmente, fiquei hiper feliz com isso, eu o admiro muito e acreditava que não passava de mais um fã, mas eu acabei me destacando e egocentricamente eu fiquei me achando o mais sortudo de todos, foi quando ele me perguntou se eu conhecia uma de suas escritoras preferidas, Adrienne Myrtes, e eu confessei que não, mas foi então que ele começou a me contar tudo sobre ela e como a admirava e adorava suas obras, me mostrando uma resenha que ele fez sobre uma de suas histórias (http://kizzyysatis.blogspot.com.br/2013/02/eis-o-mundo-de-fora.html), esta chamada "Eis o Mundo de Fora" e também de sua mais nova obra "Uma História de Amor para Maria Tereza e Guilherme", esta última, ainda não estava nas livrarias e seria lançada no dia 09/11/2013, em um evento na Editora Terracota e eu e ele concordamos que esse evento poderia ser a chave para nos conhecermos, além de eu poder conhecer pessoalmente a maravilhosa escritora que se tornou ídolo do meu ídolo e que sendo assim, só poderia ser uma maravilhosa artista literária.
Eu, lendo no evento
O tempo passou, coisas aconteceram nesse meio tempo, algumas coisas boas, outras horríveis (que não pretendo citar, pois não faz parte do tema desta postagem), até que chegou o grande dia do lançamento. A editora está localizada na Vila Mariana e apesar das oportunidades, eu nunca havia estado lá e também não sou muito familiarizado com aquele bairro, pois não conheço ninguém que more ou já tenha morado lá, então, com endereço completo na mão, eu tomei o ônibus, trem e fiz transferência para o metrô, até descer na Vila Mariana, mas já falei o quanto eu odeio andar de metrô? Para mim aquilo é um labirinto, são muitas linhas, muitos nomes, muitos destinos e muuuitas pessoas falando e se movimentando para todas as direções ao mesmo tempo e aquilo acaba se tornando um inferno para mim, me perdi umas duas vezes, mas consegui chegar a superfície da terra, para me perder de novo (-_-) e o calor daquela tarde estava insuportável, justo quando eu havia me arrumado bem, me perfumado, cada detalhe desse tipo já estava quase arruinado, mas eu ainda estava bem, sai perguntando para deus e o mundo onde ficava a editora Terracota, mas ninguém parecia ser bem informado ali, até que eu passei a perguntar onde é a Av. Lins de Vasconcelos e comecei a ter um bom resultado, fui indicado corretamente, mas descobri então que era uma booooa caminhada de onde eu estava até a editora, eu andei, andei, andei e andei mais um pouco debaixo de um sol escaldante (exagero :p), eu já começava a acreditar que havia tomado o caminho oposto ao da editora e cogitava fielmente em tomar um ônibus e voltar o caminho todo até o início, mas então eu a vi, a editora, um lugar muito lindo, escondidinho em meio a tantas casas e prédios, com mesinhas em sua frente e uma placa vermelha com seu simbolo discreto, sorri alegre, tentei me arrumar direito, pois estava um tanto bagunçado (como se fica depois de uma caminhada dessas debaixo do sol), sequei o suor da testa e entrei, fui bem recebido por um doce cheiro de café fresco e a brisa de um ventilador (mais do que bem vinda) a se chocar contra meu rosto, perguntei do evento e duas funcionárias simpáticas me indicaram o fim de um corredor, que dava para um pequeno salão, repleto de mesas vazias onde uma doce e calma musica tocava, fui recebido por olhares doces que vieram me cumprimentar, primeiro o editor, Cláudio Brites, depois uma moça que infelizmente não lembro o nome, ele me indicou um belo jardim, onde a escritora se encontrava, uma bela mulher vestida de preto, com feições carismáticas, emolduradas por madeixas lisas de cabelo castanho, dona de uma voz macia e entusiasmada que me fez sentir a vontade em sua presença, ela se levantou para me receber, me cumprimentou com um beijo e eu descobri que era o primeiro a chegar, acredito que meu livro foi o primeiro a ser autografado naquele evento, mas isso nada significa, conversamos muito, ela me contou sobre a obra, sobre como compunha as doces palavras que nos encantam, contei a ela como a conheci e claro que dei créditos totais ao Kizzy por isso (não sou uma pessoa egoísta), descobri que ela é uma pessoa muito carismática, é fácil gostar dela no primeiro minuto que passa em sua presença, poderia ter ficado a noite toda ali, sentado, lhe fazendo perguntas, rindo, timidamente a elogiando, mas então, outros vieram lhe prestigiar e eu lhes dei licença, cumprimentando-a mais uma vez e ela me entregou uma sacolinha misteriosa que ocultava um pequeno brinde que ela daria a todos os convidados, agradeci e me retirei.
eu no canto inferior esquerdo, no evento lotado
Sentei-me em uma das mesas do salão e pus-me a ouvir as belas canções que tocavam, gostei muito daquela trilha sonora, eram canções em inglês, português, acredito que também espanhol e francês, poucas eu conhecia, mas adorei, abri a sacolinha e ali encontrei um frasco perfumado, era uma bela lembrança. As pessoas foram chegando aos poucos e eu conversava com muitas delas, eram pessoas muito educadas e me trataram super bem, mas então todas fizeram uma fila para prestigiar a autora e eu pus-me a ler, descobri uma excelente narrativa, por mais rápida que tenha sido, o livro é composto por 54 páginas, muito bem ilustradas pela própria autora, e por micro-narrativas poéticas, sob o ponto de vista de Maria Tereza, que conta uma história a partir da introdução em prosa, mas este não é um livro que só palavras devem ser lidas, cada palavra, é ligada a imagem que está junto dela, cada micro-narrativa pode ter inúmeras interpretações (ao meu ver), dependendo da pessoa ou de seu estado emocional. Li o livro todo antes do próprio Kizzy Ysatis chegar e adquirir o seu próprio, me reconhecendo de cara (não sei como, pois sou bem diferente quando pessoalmente) e me abraçando ternamente.
Bela fotografia ^^
Esta noite é uma noite que eu jamais vou esquecer, foi uma noite de encantos e delícias, boa literatura, boa arte, boa música e ótima companhia, ri muito com todos, me diverti muito. De acordo com a autora, este livro terá uma continuação, pois este é sob o ponto de vista de Maria Tereza, cada micro-narrativa que ela escreveu em um papel, colocou em uma garrafa e jogou ao mar, se desiludindo com seu amor por Guilherme que não volta e ai está, esse segundo livro, pelo que ela me disse, será sobre Guilherme, que ao meu ver fica tão oculto na história... Mas não será mais em formato de micro-narrativas, esse novo livro trará uma forma mais padrão, como um romance e eu não poderia estar mais ansioso para ler :)
Mas aguardemos, enquanto isso, lemos, lemos e relemos sobre essa breve história de amor tão bela que nos promete surpresas, grandes emoções, sensibilidade, suspiros e romance, com um toque de melancolia. Simplesmente adorei.
Agora deixo-lhes com algumas fotos do evento (algumas eu estou, outras não... :p), para vocês curtirem e verem como foi, em seguida dou minhas rosas:
Eu, Adrienne Myrtes e
meu exemplar autografado ^^
Pegos desprevenidos pela fotógrafa
Em boa companhia, com Kizzy Ysatis,
Flávia Muniz (autora de Os Noturnos "http://igormaion.blogspot.com.br/2013/05/se-existe-motivos-para-eu-ter-comecado.html")
e um amigo, que infelizmente esqueci o nome (rsrs)
Adrienne, Kizzy e a Flávia Muniz de fundo kk
Todo mundo sendo servido com bom vinho
(eu escondido no canto esquerdo kkk)
Autógrafos e mais autógrafos...
recebendo meu autógrafo
meu autógrafo ^^
Editor Cláudio fazendo massagem no Kizzy kkk
eu bebendo vinho ;)
Adrienne e Flavia Muniz
(é muita genialidade para uma única foto!)
Bom, é isso, espero que tenham gostado do post e agora só falta mesmo dar minhas rosas não é?
ROSAS PARA UMA HISTÓRIA DE AMOR PARA MARIA TEREZA E GUILHERME: 10 rosas vermelhas ao meu ver, adorei tudo, desde a capa dura, o belo design gráfico, as páginas e seu conteúdo encantador, o livro é uma verdadeira obra de arte! Adorei!!

Até a próxima!
                           S.O.S

   Quinta garrafa.
                    Em um papel branco
        a mensagem em negrito:
Salvem O Silencio dos túmulos.

- Uma história de amor para Maria Tereza e Guilherme, Adrienne Myrtes

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