domingo, 24 de novembro de 2013

Perfume de Rosas

Sanguinária - poema de Igor Maion

Perfume de rosas,
Olhos negros,
Cruzamento de pernas 
E você já está aqui.

O que deseja?
Um beijo molhado,
Uma taça sangrenta
Um jogo de prazeres
Eternos...

Venha, venha, venha
Absinto, a bebida divina,
Venha, nós somos divinos esta noite,
Venha, não vamos parar,
Sou a febre que há de te matar.

O verde e vermelho a se entrelaçar,
O prazer da noite eterna,
Do amanhecer que jamais chegará,
O beijo das trevas.

Não largue-me jamais,
Deixe-me morrer ao seu lado,
O desejo ardente de beijar os seus lábios,
De fechar os seus olhos 
E cavalgar, para o delírio...
O delírio das chamas infernais.

Seu peito explode em chamas,
Na doce chuva de sangue,
Vermelha como as rosas a minha volta
Fechemos os olhos,
A morte nada mais é do que um momento,
Um momento de paixão e desejo,
O desejo egoísta do amor de um coração geado.

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