sábado, 9 de novembro de 2013

Sob a conspiração de estrelas

Sob as estrelas eu chorava, chorava pois a madrugada fora escura. E mesmo quando as nuvens haviam abandonado o céu eu podia sentir o sereno em meu rosto. Eu estava triste, nada podia me consolar, as lágrimas brotavam de meus olhos, conspiratórias, elas me agrediam, meu coração disparava, minha pele tremia e eu me desesperava, mas havia as estrelas, tão distantes e brilhantes, piscando em meio as trevas. Não me contive, mergulhei-me em meus próprios prantos, chorei mares e oceanos olhando para as estrelas na noite sem luar esperando ser olhado de volta. Peguei no sono, esqueci de tudo e de todos, esqueci a dor por um instante, a melancolia, a perda, a decepção, o desejo e o amor, eu só via trevas, trevas escuras e aconchegantes, mas não estava sozinho, também havia as estrelas, estrelas todas ao meu redor, elas vinham ao meu encontro, unindo-se todas em uma única luz, eu caminhei até ela, ela sussurrava meu nome, evocava-me, caminhei até a luz no fim daquela imensidão de trevas, lá eu poderia encontrar meu destino. O que me espera a seguir? Que aventuras irei viver? A luz sela minha sina...

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