segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Uma história fantástica de assassinato e erotismo.

França, século XVIII. Um lugar totalmente averso a sua imaginação que eu tenho certeza de que rolou longe agora, não é? Pois ao menos que voce tenha esplendido conhecimento de mundo, especialmente dessa época, imaginou um lugar cuja cor predominante vem a ser o azul, o verde ou qualquer outra cor fria e suave, onde as pessoas usam roupas de gala como vestidos longos e cheios, os homens de lustrosos chapéus feitos especialmente para o formato de suas cabeças e ternos vitorianos caros e perfumados. Ahá!! Era ai que eu queria chegar! Se voce imaginou tudo o que descrevi anteriormente, prepare-se pisicológicamente para ler esse livro, ou então não leia-o, passe para outra resenha ou então espere a próxima, pegue um livro mais adequado ao que voce imaginou, talves algo do século XIX, mas se quer continuar então está bem. Pois então saiba que naquela época, diferente do agora, as pessoas cheiravam mal, muito mal!! Principalmente na França, onde a população era maior, as ruas eram banhadas em lama, vômito, mijo, verduras, frutas e carne podre, gordura e fezes de animais, a cor que predominava eram as cores quentes e escuras naquela época sombria, onde boa parte do ano era de um calor escaldante, o que intensificava o cheiro do ar e das pessoas que não costumavam se banhar e por isso (as mais ricas) abusavam dos perfumes de grandes artistas que os criavam exclusivos para seus clientes.
Mas nenhum lugar de toda a França fedia mais do que entre a Rue aux Fers e a Rue de la Ferronnerie, ou seja, no Cemitère des Innocents, mas quando finalmente foi esquecido, nasceu logo em cima deste, o lugar mais fétido de Paris, uma feira livre, onde nessa havia o mercado de peixes, o pior lugar para se visitar e foi exatamente ali que nasceu o protagonista de nossa aventura olfativa, sendo este chamado e conhecido pelo nome: Jean-Baptiste Grenouille. Filho de uma mulher extremamente pobre, Jean nasceu indesejado e sua mãe trabalhava trinxando peixes no dia mais quente do ano, quando sentiu as dores do parto, se abaixando para debaixo da mesa e o forçando a sair de si, cortando o cordão umbilical com a faca que estava usando e o empurrou para junto do lixo e entranhas de peixe para morrer e ser jogado fora, assim como fizera com seus outros filhos, mas Jean não era como seus outros filhos e quando chorou estrondosamente, os oficiais perceberam o crime e ela foi enforcada em praça pública.
Jean cresceu em um orfanato, até que foi vendido e passou a trabalhar com marinheiros, mas logo ele percebeu que não era como os outros, ele possuia um dom sobrenatural que o destacava, este era seu oufato, o mais apurado do mundo e logo ele percebeu que não haviam só odores e se interessou muito pelo perfume de uma bela dama, que ao tentar mante-la para si, acabou matando, e ao perceber que com o passar do tempo o perfume dela ia se dissipando, ele procurou um dos perfumeiros mais famosos, oferecendo seus trabalhos em troca de ensinamentos para preservar o cheiro, mas os métodos que lhe são ensinados não correspondem a sua obsessão que é preservar o cheiro humano e sendo assim, ele parte em viagem para seu aprendisádo e quando encontra, cria então seu plano do perfume perfeito, capaz de seduzir e controlar qualquer pessoa e passa a matar as mais belas e formosas jovens, para possuir seus perfumes.
Este é um livro profundamente espressivo, artistico e realista, cada personágem vem com uma caracteristica unica e profunda, a narrativa é muito rica e as referencias do autor ao cheiro são tão fortes que as páginas parecem impregnadas de odores, recomendo muito esse romance e também sua adaptação de grande sucesso para o cinema de 2006, levando em seu elenco Bem Winshaw, Dustin Hoffman e Alan Rickman. Mas vamos dar logo minhas rosas.
LIVRO: 8 rosas vermelhas.
FILME: 7 rosas vermelhas.





Até a próxima!

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