quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Seminário: Educação, arte e cidadania

Como estão meus morceguinhos amantes das rosas? Eu vou bem, bem, mais ou menos, acredito ter pegado a gripe que assolou minha amiga Andrea esses dias e como ela senta todos os dias ao meu lado na aula... Mas tudo bem, não é vento, chuva e nem uma pneumonia que vai me impedir de escrever aqui e quando algo de interessante acontece voces sabem que eu escrevo mesmo né? (KKK) Pois bem, tenho lido muito, muito mesmo, inclusive um livro me chamou muito a atenção essas ultimas semanas que este se chama: Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, do jovem escritor brasileiro Alexandre Callari e me surpreendi com a história, mas deste falarei mais tarde, em um post especial que dedicarei todo a sua resenha, mas agora queria falar de um evento que ocorreu em minha faculdade e que eu gostei muito, pois chamou não só a minha atenção, mas acredito que a atenção de todos os que estavam presentes. Este era o Seminário: Educação, arte e cidadania.
Posso confessar uma coisa? Não interessa o que voce respondeu ai na sua cabeça, vou falar de qualquer jeito mesmo: Eu ODEIO, com todas as letras maiúsculas e tracinhos imaginários entre elas, minha professora de Filosofia da Educação, confesso que até terça passada havia me arrependido com todas as minhas forças de ter escolhido essa aula optativa, sério! As aulas dela são muito cansativas, com dinâmicas sem nexo e algumas tiradas são extremamente desnecessárias, mas desnecessário citar nomes aqui certo? Pelo menos desta vez. Mas vamos ao que interessa, nesta ultima quarta feira (11/09/2013), cheguei na sala cedo, como sempre, e mais uma vez a professora já estava discutindo sobre assuntos que fogem totalmente do assunto da aula com algumas alunas (Detalhe: nessa aula tem no máximo 8 homens e mais de 87 mulheres), pois bem, cumprimentei-a e sentei-me no meu canto e abri o livro Apocalipse Zumbi, o qual estava no último capítulo, tentava ignorar o falatório alheio enquanto não começava a aula, foi então que notei que ela já tinha escrito algo na lousa e citava o seminário de pedagogia que os alunos daquele curso eram obrigados a participar e os alheios (como eu, minha amiga Andrea e outros) para participar precisávamos ter feito uma inscrição e pagado R$10,00 antecipadamente.
"O seminário é hoje!" pensei comigo, havia me esquecido completamente, eu não estava interessado e não havia feito a inscrição, tão pouco pagado o absurdo, mas não fui embora de imediato, fiquei ali, lendo enquanto outros alunos chegavam, inclusive alunos no meu curso de Letras, até que a sala superlotou (o que não é surpresa nenhuma, mais de 90 alunos), até que ela começou a aula logo, pois o seminário iria ter início 9,00h e explicando explicando eu comecei a me interessar por aquilo e eu e outros alunos conseguimos entrar, de cabeça erguida (eramos estudantes daquele curso, não precisávamos pagar! ha-ha-ha).
Primeira fileira, esquerda para a direita: Kátia, Jucelei e Sandra;
Segunda fileira, esquerda para a direita: Andrea (Andreazila kk)
Fernando, Patrícia, Augusto, EU (Igor Maion) e Letícia.
Acho que falo por todos os que estiveram presentes quando digo que esse seminário abriu nossas mentes para não só uma questão, mais várias, questões muito importantes para nossa sociedade pré-conceituosa. O tema do dia era a inclusão (palavra que hoje em dia está na moda, mas que ninguém respeita) das pessoas cegas no meio artístico, pois durantes milênios a arte foi para os videntes (sentido daqueles que vêem em geral, não dos que vêem o futuro), a educação artística somente era possível ser apreciada pelos que podiam ver as obras e agora, essa iniciativa está trazendo novas visões para as pessoas que não podem ver, para que vejam com seu próprio modo, vejam com o toque e um professor, que na minha opinião é um excelente educador nos explicou inúmeras formas de como trouxe a alma da arte para seus alunos não-videntes e pessoalmente me comovi quando ele disse que uma vez uma aluna queria fazer um pássaro em sua escultura, mas como? ela nunca havia visto um pássaro na vida, nunca havia tocado em um... foi só ai que me dei conta de como as pessoas cegas tem dificuldade, quantas coisas não vêem, quantas coisas não tocam, eles sabem que aquilo existe, mas não tem uma base para imaginar, ver em suas mentes, não sabem como é as cores, o rosto, ou até mesmo como se dá a visão de um andar e isso tudo foi explicado por uma professora mestra cega que também compunha a mesa junto com esse professor que citei anteriormente...
Eu particularmente não me arrependo mais de ter escolhido essa optativa, pelo menos todo o tédio compensou agora e como dizia Einstein: "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará a seu tamanho original". Agradeço a todos os organizadores desse seminário por tanta informação e luz a meu mundo de trevas. 10 rosas vermelhas para voces!!
Até a próxima!









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