Ele está morto! - poema de Igor Maion
Macio veludo cor de sangue
Que cobre o caixão de ébano,
Ele está morto!
Eu o matei!
Pele azulada, deitada a deriva,
Olhos fechados, meu coração sangra.
Ele está morto!
Eu o matei!
Os morcegos voaram da torre,
Nuas as mulheres choram.
Ele está morto!
Eu o matei!
Na névoa os uivos se perdem,
Mas olhos brilhantes não deixam de observar.
Ele está morto!
Eu o matei!
Na aldeia há festa,
No castelo não há nada.
Ele está morto!
Eu o matei!
Suas longas unhas,
Sua pele brilha com a luz da lua.
Ele está morto?
Eu o matei!
Seu peito estufado,
Parece-me tão belo...
Ele está morto?
Eu o matei!
Lábios vermelhos, Seu cabelo reluzente
Há palidez ele retorna...
Ele está morto?
Eu o matei!
Corriqueiro espio o caixão...
Seus olhos rubros como sangue.
Eu estou morto!
O vampiro bebe de mim!
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