terça-feira, 9 de julho de 2013

Entre túmulos sob o luar de inverno



Por entre os mortos - Poema original de Igor Maion

Cabelos negros e olhos mais 
profundos que o próprio oceano.
O vento trás de volta o que andava esperando. 

As estrelas não tem mais brilho 
senão o da dor
que sentia em seu esplendor.

Asas batendo ao seu ouvido,
mariposas, as princesas da noite,
tão majestosas em sua existência,
tão  improvável e arriscada.

Seu amante a lhe tocar as costas,
o brilho de suas lágrimas a refletir a majestosa lua,
em um beijo salgado ela as sentiu em seus lábios.

Por entre os túmulos eles caminhavam,
de mãos dadas selavam intimidade,
a morte lhes reverenciava.
Uma velha amiga.

D'baixo da terra eles se acomodaram, 
a foice a lhes refletir a vida,
o sangue a lhes escorrer uma última vez,
até que suas almas desam de uma vez.

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