Por entre os mortos - Poema original de Igor Maion
Cabelos negros e olhos mais
profundos que o próprio oceano.
O vento trás de volta o que andava esperando.
As estrelas não tem mais brilho
senão o da dor
que sentia em seu esplendor.
Asas batendo ao seu ouvido,
mariposas, as princesas da noite,
tão majestosas em sua existência,
tão improvável e arriscada.
Seu amante a lhe tocar as costas,
o brilho de suas lágrimas a refletir a majestosa lua,
em um beijo salgado ela as sentiu em seus lábios.
Por entre os túmulos eles caminhavam,
de mãos dadas selavam intimidade,
a morte lhes reverenciava.
Uma velha amiga.
D'baixo da terra eles se acomodaram,
a foice a lhes refletir a vida,
o sangue a lhes escorrer uma última vez,
até que suas almas desam de uma vez.
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