sexta-feira, 12 de julho de 2013

E voltando a falar do príncipe-moleque...


Onde paramos? Já falei da entrevista, já conhecemos o nosso príncipe Lestat, já vimos o quanto ele pode ser cruel, irônico e sedutoramente mortal, mas suas aventuras não param por ai. Nossa querida Anne Rice nos presenteou com dez volumes de suas aventuras nas incomparáveis Crônicas Vampirescas e pretendo falar sobre cada uma delas, mas por que essa vergonha? Venha comigo, não se intimide, estamos apenas no terceiro livro, imagine o que teremos vivido até chegar ao décimo!! 
Ahh! você resolveu ficar?
Boa escolha!
Mas então vamos lá!
Se você é fã dos vampiros, obviamente já ouviu falar do famoso filme intitulado: "A rainha dos condenados", mas uma pesquisa feita nos Estados Unidos provou que a cada 9 pessoas que viram o filme, 6 delas nunca leram o livro e isso não pode ficar assim. O romance de Anne Rice é muito (e quando digo muito é MUITO mesmo) superior ao filme dirigido por Michael Rymer em 2002. Confesso que quando assisti ao filme pela primeira vez eu nunca havia lido o livro e admito que me apaixonei por todos do elenco, já havia assistido a Entrevista com o vampiro, mas confesso que a história contemporânea me chamou mais a atenção e não, não digo que A rainha dos condenados é melhor que Entrevista, mas os dois me encantaram, só que de formas diferentes, Entrevista me encantou pela sua poesia sombria e toda a sua aura lírica em torno da história passada no século XIX, no entanto, A rainha me encantou por sua trilha sonora soturna do bandas de rock e sua fotografia escura e um tanto perturbadora que me atraiu logo de cara. Mas digo que após ler o romance, minha opinião sobre o filme mudou...
A rainha dos condenados trás a série um número maior de personagens que sempre estiveram ali, mas que ninguém nunca soube, o elenco de vampiros aumenta drasticamente para compor a sinfonia de horror e como consequência disso, a narrativa cativante de Lestat em 1° pessoa teve que ser suspensa, o que confesso que foi um choque para mim, pois eu já estava acostumado a rir com ele, chorar com ele, sentir medo com ele e saborear o doce vinho humano com ele. Mas para justificar sua ausência, Lestat deixa uma carta aos leitores antes mesmo do inicio do proêmio do livro, explicando (de sua forma irônica) o quanto sente por não poder nos acompanhar no decorre da história e termina com o trecho a seguir: (pag. 16) "Porém não se preocupem: embora os abandone, voltarei com força total no momento apropriado. A verdade é que odeio não ser o tempo todo o narrador na primeira pessoa! Parafraseando David Copperfield: não sei se sou herói ou vítima nessa história. Mas, de qualquer maneira, não deveria eu dominá-la? Afinal, sou eu quem está narrando!
"Infelizmente não se trata apenas de eu ser o James Bond dos vampiros. A vaidade terá que esperar. Quero que saibam o que realmente aconteceu conosco, mesmo que nunca acreditem. Na ficção, se não em qualquer outra coisa, preciso de um pouco de sentido, de coerência, senão enlouqueço.
"De maneira que até nos encontrarmos novamente estarei sempre pensando em vocês; amo vocês; queria que estivessem aqui... nos meus braços.".
E então começa a história, voltando alguns dias atrás, para reapresentar o que já havia sido exposto no livro: O vampiro Lestat (do qual já falei), aos momentos antes do massacre no show de rock de Lestat, em que vampiros de todo o mundo conspiram contra Lestat por ele ter exposto a espécie ao ridículo e revelado seus segredos milenáres, das primeiras gerações dos bebedores de sangue. Mas inicialmente temos Marius, o vampiro protetor da Mãe e do Pai (Aqueles que devem ser preservados) a rainha e o rei, os primeiros vampiros de toda a história, petrificados pelo tempo e adormecidos, preservando seus dons, os donos do sangue mais puro do mundo, do qual Lestat já havia provado e a rainha já o conhecia e o desejava. E após ouvir sua voz em canções metálicas, Akasha desperta de seu estado petrificado e se fortalece bebendo o sangue de seu rei, tomando toda sua alma e parte em busca de Lestat, deixando seu rastro de sangue e fogo por onde passa.
 Ok, já vimos que a coisa é séria, mas a cada capítulo a coisa muda de figura, o elenco cresce em torno de um mesmo alvo: Akasha, as histórias dos sobreviventes (ou não) daqueles que cruzaram seu caminho começa mal e termina mal, pois a todos os vampiros que criaram casas comunais para viverem entre si, são destruídos por ela, banhos de sangue não incontestáveis e as mansões sempre acabam em chamas, o que torna isso uma marca pessoal de su poder e de sua ira, pois a todos os que ela destrói tem algo em comum: Todos conspiram contra o seu amado Lestat, e isso é imperdoável! Mas ela poupa aqueles que se juntam a ele. Armand, o vampiro de 500 anos na forma de um adolescente volta ao elenco dos vampiros e também Daniel, o favorito do demônio (o rapaz que entrevistou Louis na primeira cronica) também é recrutado para esta aventura, sendo ele o protegido e amante de Armand, que logo o transforma para ficarem juntos; Louis, o eterno companheiro de Lestat; Maharet, rival de Akasha, a grande dama, a elegante vampira que não possui olhos próprios, por isso usa os olhos de suas vítimas e seu companheiro Mael, um druida dos tempos antigos; Khayman, um dos poucos vampiros sobreviventes da primeira geração; Gabrielle, a vampira rebelde, criada pelo próprio Lestat e que também é filho desta; Jesse, a sobrinha humana de Maharet, cuja personalidade me encantou logo de cara e que ao investigar o livro Entrevista com o vampiro encontra mais do que imaginava encontrar (isso inclui uma paixão inesperada por nosso querido príncipe-moleque).
E o elenco não para por ai, mas se eu citar todos não vou parar mais (risos), e é com todo esse elenco que chegamos a parte que todos esperavam: O grande conserto de Lestat! O show de rock! Em que todos os vampiros comparecem, os que não comparecem.... bem, morrem! mas vamos lá, não tenha medo, é só um show comum, repleto de vampiros querendo matar o vocalista e rondado pela carrasca mãe de todos (risos maléficos).
Entre diálogos melancólicos e filosóficos, os vampiros comentam sobre o vocalista e os presentes, mas não dura, aquela se torna a noite maldita quando Lestat é atacado e um banho de sangue é previsto, mas interrompido porque seus agressores simplesmente queimam do nada, deixando o público a mil, acreditando ser um espetáculo, mas então ela vem, a Coisa, a rainha para proclamar seu propósito e que eu vou deixá-los com curiosidade, mas saiba: O filme é completamente averso ao livro!
A trama que se segue merece ser lida com atenção e sensibilidade, essa é uma dica para todas as narrativas de Anne Rice, é preciso le-las com sensibilidade ou não tem como compreender toda a vivacidade da história.
Mas realmente, para mim, Akasha é apenas uma criatura extremamente poderosa e antiga que não sabe o que fazer com tanto poder, é um ser mimado e que quer nada mais do que um amante e um mundo onde todos os venerem, ela não tem a mínima noção do que quer e muda constantemente suas idéias, é do tipo que quer alcançar as estrelas, mas quando alcança foge horrorizada.
Mas vamos ver o que acham vocês meus leitores, se já leu, comente sobre o livro, se não leu, leia-o e comente também. A próxima cronica é: A história do ladrão de corpos e logo estarei postando a resenha, mas antes de mais nada, aqui estão minhas rosas:
ROSAS PARA O FILME: 7 rosas vermelhas.
ROSAS PARA O LIVRO: 10 rosas vermelhas!!!

Até a próxima!




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